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sábado, 29 de dezembro de 2012

A consciência e seus veículos - Parte II



Outras funções do corpo mental são as de desenvolver os poderes da memória  e imaginação, servir oportunamente como veículo  independente  da  consciência  no plano mental, servir à consciência como veículo do pensamento concreto  bem  como expressá-lo no corpo físico através do corpo astral, cérebro etérico  e  sistema cérebro-espinal, coordenar movimentos do corpo físico para a ação, etc...         É  importante  compreender,  pelo menos   parcialmente,   que,   segundo   a Tradição-Sabedoria, o corpo físico, o duplo etérico, o corpo  astral  e  o  corpo mental são todos mortais formando, em conjunto, o eu inferior ou personalidade  - palavra que provém da palavra grega "persona" (literalmente: fonte de onde vem  o som) que era o nome da máscara usada pelos atores nos teatros  da  Grécia  Antiga sendo indicativa do papel que representavam. Assim, o  eu  inferior,  quaternário inferior ou personalidade  seria  a  "camada"  mais  exterior de  nosso  Ser,  a  "máscara" com que o Eu Superior, a Tríade Superior  ou  Ego  se manifestaria  no teatro da vida.

         A última função do corpo mental inferior, ou simplesmente corpo  mental,  que  precisamos citar seria a de assimilar os resultados das experiências  vividas,  e passar a sua essência, antes de sua morte, para  o  Ego  Imortal,  o Homem  Real vivendo em seu corpo mental superior, o Pensador,  como  analisaremos melhor  em nossa próxima lição. Esses resultados de experiências vividas são  os  "tesouros" que Jesus aconselha ajuntar "no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem,  e onde os ladrões não minam nem roubam" (5).Porém esse "cofre espiritual" que é o corpo mental superior ou corpo  causal, como é mais freqüentemente chamado por acumular  as  "causas"  do  futuro, sendo constituído da matéria sutilíssima dos 3 subplanos superiores do plano mental  só  pode acumular a essência das mais sublimes experiências de nossas vidas, sendo  a imensa 

maioria de nossas ações grosseiras demais para atingí-lo.


         O corpo causal é também o veículo do pensamento abstrato, em contrapartida ao corpo mental  que  é  o  do  pensamento  concreto.  O pensamento  é   meramente estabelecido de relações entre as imagens presentes em nossa mente,  caso  essas imagens sejam nomes e formas por um lado, ou conceitos,  leis  e princípios  por outro, teremos, respectivamente, pensamentos  concretos  e  abstratos.  Logo,  é natural que o  corpo  causal,  chamado 'Vijnámayakosha'  pelos  vedantinos,  que acumula a essência das experiências, trabalhe no nível das leis e princípios  que se ocultam das formas mais concretas. Platão chama-o de alma inteligível.

         Os outros dois componentes da Tríade Superior  são  de  natureza  ainda  mais  sutil.

         O veículo  búdico  é  aquele  responsável pela  compreensão  que  ilumina  o pensamento, dele provém a luz de 'buddhi' ou intuição que dissolve as  dúvidas  e desperta a compaixão por todos os seres, visto que no plano  búdico  já  se pode sentir como absolutamente  real  a  unidade de  tudo  que  vive.  Esse  veículo, comparado freqüentemente a uma estrela de luz cujos raios tudo  penetram  e  tudo abrangem, tem se identificado com o Cristo Interno, referido diversas  vezes  na tradição Cristã. Talvez o apóstolo Paulo tenha legado a nós a  mais  bela dessas referências: "Cristo em vós, a esperança de glória." (7) Por sua  vez,  entre  os vedantinos o veículo búdico era chamado de 'ãnandamayakosha', ou seja, veículo ou envoltura de bem-aventurança. Aquele que consegue  focar  sua  consciência  nele atinge um êxtase elevadíssimo, somente inferior ao do veículo átmico.


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