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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Busca por alienígenas envolve telescópios, astrônomos e até computadores no Brasil





Bruno Aragaki
Do UOL, no Rio de Janeiro

Esqueça as excursões intergaláticas e as salas de comando à la Star Trek. O dia a dia de quem trabalha buscando inteligência fora da Terra está mais para rotina de pesquisador acadêmico do que para saga de ficção científica. A maior parte dessas iniciativas reúne astrônomos em universidades norte-americanas e conta com a ajuda de voluntários do mundo todo, inclusive do Brasil.
No norte da Califórnia, nos Estados Unidos, 42 antenas miram para o espaço capturando ondas de rádio de fora da Terra. Além de observar fenômenos astronômicos como as explosões de raios gama, essas antenas são ferramenta chave na busca de inteligência extraterrestre – Seti, na sigla em inglês (Search for Extraterrestrial Inteligence).
A esperança é que, no caso de existirem civilizações extraterretres, seja possível captar ondas de rádio produzidas pelas mais diversas razões. “Se detectarmos sinais de uma outra civilização, provavelmente é porque eles estão tentando se comunicar conosco. É mais fácil encontrar sinais transmitidos intencionalmente do que, por exemplo, sinais locais de rádio ou de televisão”, diz Vakoch.“Em vez de esperar que aeronaves alienígenas aterrisem, usamos telescópios para procurar sinais enviados por outras civilizações”, explica ao UOL o professor Douglas Vakoch, organizador do livro “Psychology of Space Exploration: Contemporary Research in Historical Perspective” (Psicologia da Exploração Espacial: Pesquisas contemporâneas em uma perspectiva histórica, em tradução livre) publicado pela Nasa em agosto de 2011.
Metodologia semelhante tem sido desenvolvida, em menor escala, também por pesquisadores europeus. Um telescópio formado por antenas espalhadas por Holanda, Alemanha, Suécia, França e Inglaterra, o projeto Lofar, vasculha estrelas e planetas próximos em busca de ondas de rádio de baixa frequência e identificará emissões que só poderiam ser produzidas por meios artificiais – ou seja, se algum sinal for encontrado, seria plausível imaginar que não estamos sozinhos no universo.
Computadores de brasileiros
Além de apontar antenas para a vastidão do universo, os cientistas precisam organizar o “ruído” captado. Programas de computador leem cada trecho dos sinais recebidos e procuram padrões que possam indicar emissões de rádio.
Como a capacidade de processamento necessária para ler todos esses dados é gigantesca, em 1999 a Universidade de Berkeley lançou o projeto “Seti@home” (Seti em casa): os dados captados por telescópios instalados em Porto Rico são divididos em pacotes e enviados via internet para computadores de voluntários.
Estima-se que mais de 1 milhão de usuários participem do Seti@home – dos quais 12 mil estão no Brasil. “Enquanto processa os dados no computador, o software exibe as faixas de frequência analisadas e as coordenadas do espaço de onde o sinal foi captado”, diz o gestor de TI Presciliano Neto, um dos primeiros brasileiros a participar da iniciativa.
E se algum indício de comunicação extraterrestre for identificada? O professor de Astronomia da Universidade de Berkeley, Geoffrey Marcy explica o procedimento: “Precisaríamos verificar a descoberta e pedir a outros cientistas que checassem. Em caso positivo, teríamos de avisar à Casa Branca. E seria bom que eles avisassem ao mundo inteiro. Todo o mundo precisaria saber dessa descoberta”, diz.


existem mesmo aliens?


Mundo precisa se preparar para a descoberta de vida alienígena, alerta Fórum Mundial



Projeto SETI  - “Pesquisa por Inteligência Extraterrestre” (SETI, na sigla em inglês)
 
O novo documento do Fórum Econômico Mundial determina a necessidade de que a humanidade se prepare o que é, em si, no mínimo muito curioso..

Dado o avanço nas observações do cosmos e o ritmo da exploração do espaço nas últimas décadas, é cada vez mais viável que os cientistas encontrem algum indício de vida fora da Terra. Por isso, afirma novo documento do Fórum Econômico Mundial, é preciso que os países e as grandes organizações comecem a discutir, desde já, os efeitos dessa grande descoberta.

No relatório Riscos Globais deste ano, o Fórum lista alguns dos "fatores X" que devem entrar na roda de debates da comunidade internacional por terem suas consequências incertas para o futuro da humanidade. Além da vida extraterrestre, são citados outros quatro tópicos, como as implicações das habilidades sobrehumanas, o custo da longevidade para o planeta, o descontrole das mudanças climáticas e o da falta de regulamentação na geoengenharia (tecnologia usada para controle do clima).

De acordo com o documento, é possível que, dentro de dez anos, sejam encontradas evidências de que a Terra não é única e que a vida pode existir em algum lugar do Universo. Se Quando isso acontecer, impacto a curto prazo será centrado na comunidade científica. Grande parte do fluxo do dinheiro mundial será colocado na construção de telescópios e novos equipamentos, nas missões robóticas e nas viagens espaciais, além dos esforços para que o corpo humano sobreviva às distâncias interestelares.

Mas a longo prazo, as implicações psicológicas e filosóficas serão profundas. As especulações de que indícios químicos (oxigênio, água e atmosfera, por exemplo) podem dar suporte à vida inteligente fora da Terra vai abalar crenças de religiões e da filosofia humana. O relatório afirma que, com campanhas, o público pode se preparar para esse processo e obter um entendimento científico sobre a posição e a importância da humanidade para o Universo.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/