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sábado, 6 de abril de 2013

Ilustrac,ões de Jeannette Woitzik (lindas)



OS CONTOS-DE-FADAS DE JEANNETTE WOITZIK

publicado em fotografia por  

A composição digital de imagens permite o regresso ao mundo dos contos-de-fada pela mão de Jeannette Woitzik. Com um domínio irrepreensível da técnica de edição e uma imaginação de menina, as imagens criadas abrem portas a um País das Maravilhas moldado a cada um de nós, com elementos ingénuos, românticos e apelativos.


Jeannette Woitzik



storybook

Uma máquina fotográfica Canon EOS 350D e o programa de edição de imagem Photoshop são as únicas ferramentas mundanas de que a alemã Jeannete Woitzik necessita para compor as imagens de contos-de-fadas, a marca inigualável do seu portfólio. Céus azuis ornamentados com nuvens, cogumelos, livros e corações (muitos corações!) constituem alguns dos elementos que povoam as criações desta alemã, que só há três anos descobriu o mundo da fotografia artística.

Porém, verdade seja dita, o equipamento específico parece de pouca importância face ao sentimento que os trabalhos de Woitzik transbordam. Mesmo que a própria confesse, como já o fez por diversas vezes, que não se imagina sem o precioso software de manipulação de imagem.

Olhar para os trabalhos de Woitzik é quase como cair dentro da passagem que leva Alice ao País das Maravilhas e deambular no limbo entre a realidade e o mundo mágico dos sonhos. Apenas estão ausentes o coelho e o seu impaciente relógio, que poderiam ameaçar um apressado regresso ao quotidiano, sem magia, que insiste em existir no exterior das criações da artista. Daí que um dos únicos lamentos de Woitzik seja não ter conhecido o mundo da fotografia e montagem digital quando o seu filho era ainda pequeno, para lhe poder dar um universo fantástico exclusivamente para ele.

O propósito nas criações de Jeannete Woitzki reside em moldar e transmitir sentimentos. Talvez por isso a fotógrafa passe tanto tempo em frente à tela do computador, procurando o equilíbrio perfeito entre a imagem fotográfica e a animação. Nas suas próprias palavras, é na estranha mistura entre realidade e fantasia que são cozinhados os sentimentos.


Jeannette Woitzik
im zwergenland

Jeannette Woitzik
waiting for u


Cada imagem conta uma história. Porém, a narrativa transmitida vai além da história da fotografia original, já que o tratamento digital lhe confere novas dimensões. E o tratamento do irreal de forma estranhamente familiar permitem à artista tirar partido de outros significados e leituras.

“Heaven can wait” e “storybook” são duas das composição que traduzem a complexidade pictórica e narrativa das imagens de Woitzki. Apesar da aparente simplicidade da mensagem, que pode ser apreendida num único olhar, a cada nova mirada persistem novos pormenores que encantam mesmo os mais cépticos.

O recurso a imagens dentro de imagens, como no caso das nuvens recriadas em tela de “Heaven can wait”, ou à narrativa dentro da narrativa, no livro aberto de “storybook”, mostram que este universo onírico é construído de forma robusta e inteligente. O que apenas aguça a vontade de nos perdermos no mundo de “Otherland”.

As montagens resultam em invulgares imagens repletas de ingenuidade, magia e um certo regresso à infância. Há qualquer coisa em Woitzki que nos leva à nostalgia do primeiro cartão do Dia dos Namorados, recebido há tantos anos que já quase não há existem memórias.

Jeannette Woitzik
otherland

Jeannette Woitzik
heaven can wait

Jeannette Woitzik
miss u

Jeannette Woitzik
(¯`·.·´¯)
  




marisa figueiredo sonha em abrir uma livraria-chocolataria para que possa juntar os seus dois prazeres.


Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/09/os_contos-de-fadas_de_jeannette_woitzik.html#ixzz2PjuhTB00

Asperatus, uma nuvem singular



ASPERATUS, A ALTEROSA: O CÉU TEM UMA NUVEM NOVA

publicado em recortes por  | 19 comentários


Que amas tu, singular estrangeiro?
Amo as nuvens... as nuvens que passam... lá longe... as maravilhosas nuvens!
Charles Baudelaire, Spleen de Paris (Trad. de António Pinheiro Guimarães para a Relógio d'Água)


Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2009/11/asperatus_alterosa.html#ixzz2PeVtLXEC




 Nuvens: Asperatus, a alterosa
© Jane Wiggins
Em Dezembro de 2006, a Cloud Appretiation Society, associação de pessoas que gostam de nuvens, escolheu como nuvem do mês a fotografia de uma formação que, face ao bestiário oficial da Organização Mundial de Meteorologia - lista oficial das nuvens com características capazes de as diferenciar das outras e, portanto, únicas -, era difícil de classificar.

Nos últimos anos, foram recebendo mais e mais fotografias deste tipo de formação na CAS, até perceberem que estavam perante uma nuvem não classificada e submeterem a escolha do nome a debate entre os membros. Deram por fim preferência a "asperatus", pela extra seriedade conferida pelo som do Latim. E assim, com nome solene, a nova nuvem foi submetida ao juízo da Royal Meteorological Society, para que diga se é mesmo nova ou apenas uma alteração de um dos tipos já classificados. Ainda se espera uma decisão, mas asperatus também já é mais que imaginação.
 Nuvens: Asperatus, a alterosa
© Tanis Danielson
 Nuvens: Asperatus, a alterosa
© Bill Slater
Asperatus em Inglês significa roughened up e em Português pode significar acidentada, desigual, irregular, rugosa, encrespada, agitada, dissonante, eriçada, encapelada. Na verdade, em Português, a palavra literalmente mais próxima será áspera, que, como é um adjectivo do tacto, só pode ser aplicada às nuvens pelos sonhadores assumidos. A pensar nos não assumidos, fui buscar alterosa que, não sendo tão exacta como encapelada, me soa melhor.
 Nuvens: Asperatus, a alterosa
© Karen Chappell
Asperatus é um mar, por isso todas as palavras antes usadas para o mar podem ser usadas nesta nuvem.
 Nuvens: Asperatus, a alterosa
© Walter ALyons
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São Reino é uma colaboradora multifacetada do obvious, verdadeira malabarista que tanto escreve sobre arte como aparos de canetas.


Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2009/11/asperatus_alterosa.html#ixzz2PeV99AXl