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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mais de Fernando Pessoa

Comovente... não deixem de clicar no link ao final do texto, e leiam a carta na íntegra. 

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Fernando Pessoa é, sem dúvidas, o maior nome da poesia portuguesa no século XX. Mas seu legado destaca-se pelo uso magistral da heteronímia na sua obra poética. Seus heterônimos não cobriram o seu nome e, dentre eles, três destacam-se: Álvaro de Campos (o futurista), Alberto Caeiro (o mestre campestre) e Ricardo Reis (o classiscista). Ainda é possível destacar Bernardo Soares, semi-heterônimo, autor de "Livro do Desassossego".
Mas já são mais de 120 heterônimos (completos ou incompletos) detectados em toda sua obra.
Mesmo com esse retrospecto, ainda é estranho crer que Fernando Pessoa, o poeta português, tenha criado um heterônimo feminino, mas, sim, ele escreveu usando um eu-lírico feminino e com um nome impossivelmente mais comum: Maria José.
E Maria José aparece na obra pessoana através de um texto de sensibilidade arrebatadora: "A carta da corcunda para o serralheiro". O texto assume o formato proposto no título e começa com um tom de despedida, de última carta - o lamento por existir, tão comum na obra do poeta.
"O senhor nunca há de ver esta carta. Nem eu a hei de ver pela segunda vez, porque estou tuberculosa, mas eu quero escrever-lhe, ainda que o senhor o não saiba, porque se não escrevo abafo."
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A autora da carta constantemente se retrata do que disse, impondo sua condição "gauche", sua posição de "ninguém" (ela diz: "sou doente, e nunca tive alma"):
"Sei que o senhor tem uma amante, que é aquela rapariga loura alta e bonita; eu tenho inveja dela, mas não tenho ciúmes de ti, porque não tenho direito a ter nada, nem mesmo ciúmes."
Pessoa trata calculada e poeticamente do amor platônico e do valor desse amor. Maria José, mulher corcunda que vive debruçada sobre a janela a observar a rua, vincula sua insipiente felicidade à passagem do serralheiro pela rua.
"O senhor é tudo quanto me tem valido na minha doença e eu estou-lhe agradecida sem que o senhor o saiba. Eu nunca poderia ter ninguém que gostasse de mim, como se gosta das pessoas que têm o corpo de que se pode gostar, mas eu tenho o direito de gostar sem que gostem de mim, e também tenho o direito de chorar, que não se negue a ninguém."
Ainda na introdução, Maria tenta apresentar-se e não consegue desvincular sua imagem da imagem que os outros constroem sobre ela. "Eu sou corcunda desde a nascença e sempre riram de mim. Dizem que todas as corcundas são más, mas eu nunca quis mal a ninguém.".
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A carta é constantemente hesitante. As correções a si própria dão conta da incerteza e inexperiência da corcunda no campo dos sentimentos e das palavras. Pessoa surpreende no uso da ingenuidade e na ironia com os sentimentos de Maria, esse traço fica bem explícito no seguinte trecho:
"Houve um dia que o senhor vinha para a oficina e um gato se pegou à pancada com um cão aqui defronte da janela, e todos estivemos a ver, e o senhor parou, ao pé do Manuel das Barbas, na esquina do barbeiro, e depois olhou para mim para a janela, e viu-me a rir e riu também para mim, e essa foi a única vez que o senhor esteve a sós comigo, por assim dizer, que isso nunca poderia eu esperar."
No escrito de Pessoa, até os ninguéns amam. Seria essa - nas palavras de Bernardo Soares - a traição ao próprio ser. E ainda os ninguéns são tão nulos que até a morte lhes é negada.
"Eu, às vezes, dá-me um desespero como se me pudesse atirar da janela abaixo, mas eu que figura teria a cair da janela? Até quem me visse cair ria e a janela é tão baixa que eu nem morreria..."
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Maria reveste-se de sua visão coitadista e Pessoa parece ironizar constantemente o sentimento puro de Maria, a dependência causada pelo amor, o condicionamento da felicidade a um outro alguém. E o serralheiro, imagem sugerida na carta, não chega a ser um deus, mas um homem absolutamente comum - só não é comum para a corcunda da janela.
"Se o senhor soubesse isto tudo, era capaz de de vez em quando me dizer adeus na rua, e eu gostava de se lhe poder pedir isso, porque o senhor não imagina, eu talvez não vivesse mais, que pouco é o que tenho de viver, mas eu ia mais feliz lá para onde se vai, se soubesse que o senhor me dava os bons dias por acaso."
O fim da carta fala por si só... A carta com destinatário, mas que nunca chegará ao seu destino. À corcunda importa apenas que seja escrita para não "abafar". Afinal, Pessoa revê a importância das cartas de amor - num outro heterônimo tratadas como "ridículas".
"Adeus, senhor Antonio, eu não tenho senão dias de vida e escrevo esta carta só para a guardar no peito como se fosse uma carta que o senhor me escrevesse em vez de eu a escrever a ti. Eu desejo que o senhor tenha todas as felicidades que possa desejar e que nunca saiba de mim para não rir, porque eu sei que não posso esperar mais.
Eu amo o senhor com toda a minha alma e toda a minha vida.
Aqui tem e estou a chorar."
**se quiser ler a carta na íntegra, clique aqui



Artigo da autoria de Raul Albuquerque.
ama o segredo e descansa. a revelação espanta. quem sou? segredo irrevelável..

Aqui onde se espera....

Para adoçar o feriado, nada como começar o dia lendo um poema.



                                     




Aqui onde se espera
- Sossego, só sossego -
Isso que outrora era,

Aqui onde, dormindo,

-Sossego, só sossego-
Se sente a noite vindo,

E nada importaria
-Sossego, só sossego-
Que fosse antes o dia,

Aqui, aqui estarei
-Sossego, só sossego -
Como no exílio um rei,

Gozando da ventura
- Sossego, só sossego -
De não ter a amargura

De reinar, mas guardando
- Sossego, só sossego -
O nome venerando...

Que mais quer quem descansa
- Sossego, só sossego -
Da dor e da esperança,

Que ter a negação
- Sossego, só sossego -
De todo o coração ?

Fernando Pessoa

terça-feira, 28 de maio de 2013

O anel Atlante

Anel Atlante

 "No creo en brujas, pero que las hay, las hay."

 

 
Sua história começa há Egito há 8000 anos, quando os atlantes deixaram sua imensa sabedoria a certos sacerdotes egípcios.
 
Ele foi descoberto pelo Marques de Angrain, egiptólogo no vale dos reis, dentro do túmulo do sacerdote JUÁ.
 
Mais tarde HOWARD CARTER foi o único a escapar com vida da maldição de TUTANCAMON inscrita na entrada do seu túmulo : " A morte tocará com suas asas aquele que perturbar o sono do faraó". 

 
Quando todos os outros cientistas que penetraram no túmulo morreram de doenças estranhas, então percebeu-se que a única coisa que diferenciava CARTER das outras pessoas era que ele tinha o famoso ANEL ATLANTE, o que permitiu de estar ainda com vida.
Desde então, inúmeros pesquisadores se interessaram pelo ANEL .
 
Eis algumas conclusões chegadas: a eficácia do anel se deve as ondas de formas chamadas de "LOUKSOR" que ele emite, cujo agentes invisíveis catalisam ENERGIA CÓSMICA.

OS EFEITOS
REVITALIZANTES :O ANEL ajuda a harmonizar as forças cósmicas e telúricas negativas que o corpo poderia receber (lugares energeticamento desarmonizados)
PROTEÇÃO : Ele lhe protege : dos lugares onde encontra se ondas nocivas, de certas magias negras e de acidentes fatais de carro(a menos que a pessoa queira pôr um termo a sua vida).
CURA: Ele ajuda a curar restabelecendo as funções perturbadas do organismo.
PARANORMALIDADE: Ele desenvolve certas faculdades paranormais como:INTUIÇÃO aumenta de 50% TELEPATIA aumenta de 50% .

 
 

 
SOBRE O USO DO ANEL
O anel é um bem pessoal que se impregna das radiações pessoais (como um cristal), não deve, portanto, ser emprestado, ou ofertado depois de usado.
Uma vez pôr semana, isto é muito importante, deixa lo num copo de água salgada(sal grosso) durante uma noite.
Se não quiser usar o anel no dedo, use-o no bolso, ou uso-o como pingente.
E conveniente deixarem-no sempre brilhante e bonito, limpá-lo com um produto de seu gosto, evite usar desodorante a base de enxofre.
 
 

 


SIGNIFICADO DOS DEDOS
POLEGAR: Age sobre os maxilares, a linfa, orelhas, faringe e sistema respiratório.

INDICATOR: Age sobre o sistema nervoso central, vitalidade vontade e acção(Eu consciente).Intestino grosso e toda a coluna.
 
MÉDIO: Age sobre circulação, alergias, crânio e pés (dedo da vida material)
ANULAR: Age sobre o sistema urinário, digestivo, sistema nervoso periférico, triplo  aquecedor hipófise e tiróide, (sabedoria, EU SUPERIOR).
MÍNIMO: Age sobre o coração, intestino delgado e emoções. (eu subconsciente).

Bastão Atlante

"O BASTÃO DE PODER ATLANTE é um aparelho fisicamente muito simples, mas que representa mental e emocionalmente.
É composto de um tubo que pode ser de cobre, PVC ou madeira com uma tampa em uma das extremidades e uma ponta de cristal na outra.
O tubo deve ter aproximadamente 1" de diâmetro
A ponta de cristal de ter aproximadamente a mesma medida de diâmetro e umas 3"de comprimento.
Deve ser uma ponta de cristal com faces transparentes ou lapidadas.
 
A cobertura exterior pode ser feita de couro ou papel enrolado em espiral ao longo do tubo, devendo cobri-lo totalmente.
 
O material isolante pode ser feito de qualquer cor(...) Existem bastões curativos que tem cristais em ambas as extremidades, e alguns terapeutas afirmam que eles tem melhores resultados, pois enquanto a energia entra por uma das extremidades a negatividade é eliminada pela outra, mas a experiência não mostra que ele tenha melhores resultados que um bastão comum.
 
Como acontece com todos os instrumentos psicotrônicos, o resultado parece depender muito mais do poder de concentração da pessoa que opera o bastão.

Funcionamento do Bastão Atlante
O funcionamento do bastão Atlante baseia-se na teoria do qual o pensamento é composto por partículas chamadas "psions", ou seja, partículas subatómicas não detectáveis pelos aparelhos convencionais.
O tubo funciona como um acumulador de energias, acumulando a energia telúrica, a energia cósmica e a energia do pensamento do próprio operador.
O revestimento do tubo funcionaria como um isolante para que essa energia não escapasse do aparelho.
O cristal de quartzo funciona como um transdutor que vai moldar essas energias de acordo com a vontade do operador, operando também como um foco para transmissão dessas partículas de pensamento.
Quando se segura o bastão pode acontecer uma sensação de formigante nas mãos, devido a passagem de energia, em especial naqueles que tem uma origem Atlante e em outra vida já podem ter trabalhado com esse tipo de aparelho, ocorrendo então uma sensação de familiaridade.
Esse tipo de máquina psicotrônica não apresenta mau funcionamento.
Ele irradia energia em todas as direcções de modo passivo, mesmo quando não está sendo usado, quando o operador se concentra nele criando uma visualização, um raio de energia branco azulado é liberado pela extremidade do cristal.
 
O pensamento transforma a irradiação passiva do aparelho numa transmissão de energia ativa A intensidade da transmissão é determinada por uma combinação dos pensamentos amplificados pelas emoções do operador.
O suprimento de energia é ilimitado, pois, trabalhamos com energia cósmica e telúrica, sendo a energia do pensamento usada apenas para direccioná-las.
Sendo assim, o operador não deve apresentar desgaste físico, mental ou emocional ao usar o bastão, a não ser no caso do BASTAO DE COMBATE , onde pode ocorrer um grande desgaste, especialmente na área emocional.
A distância do objectivo não tem a mínima importância, pois ele funciona tão bem com alguém que está ao nosso lado, como do outro lado do planeta e até em outras dimensões.
 
Construção do Bastão Atlante

Corte um tubo de aproximadamente 12" de comprimento, usando um serra para cortá-lo.
Cole a tampa numa das extremidades usando cola de secagem rápida.
Na outra extremidade corte 4 fendas no sentido do comprimento, de forma que elas tenham aproximadamente 2" de comprimento.
Dobra essas fendas para fora usando um alicate afim de encaixar o cristal.
Encaixe o cristal na abertura usando cola de secagem rápida e aperte as bordas com o alicate o mais firme que puder .
Quando o cristal e a tampa estiverem firmemente colados ao tubo, enrole a tira isolante em espiral ao redor do tubo. A tira deve ser colada a medida que vai sendo enrolada.
Coloque uma gota de cola no tubo em cada dobra e puxe o couro até que a cola seque.
Depois que a cola estiver seca use uma tesoura para aparar as pontas do couro e dar uma aparência mais estética ao bastão. "
Esta é também a forma como é ensinado em vários outros sítios como se constrói vara magicas

 
Fonte: Internet

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A receita do sucesso segundo Roberto Civita




Para pensar com carinho. Sempre fui uma leitora voraz, principalmente na infância e adolescência. Lia até enciclopédia. E não posso negar que tenho uma ótima cultura geral graças a isto. Ah, lia também as revistas em quadrinhos da Editora Abril, da qual Roberto Civita era proprietário: Pato Donald, Zé Carioca, e outras. E isto também me ajudou.

Roberto Civita, que faleceu ontem, fala sobre a receita do sucesso:

Existe uma fórmula mágica para o sucesso?

Sim. Eu a conheço e já registrei com o nome de A Fórmula Mágica da Sorte e do Sucesso (ou — pelo menos — da Sabedoria) em Alguns Minutos por Dia ou Seu Dinheiro de Volta.

Nossa! O senhor pode nos contar como ela funciona?

Trata-se, muito simplesmente, de LER.

Isso é uma sigla?

Verbo. Ler o quê? Tudo o que cair em suas mãos! Folhetos, folhetins, fascículos, panfletos e literatura de cordel. Jornais (grandes, pequenos, nanicos e alternativos), revistas (gerais, profissionais, técnicas… até da concorrência), boletins, fichas de receita, anúncios, embalagens, bulas, enciclopédias, circulares, relatórios, o manual de proprietário do seu carro, quadrinhos, dicionários, programas de teatro, discursos, cartas de amor e — se possível — até alguns livros… Em qualquer lugar. E especialmente no trânsito, no banheiro, no ônibus, no avião, na praia, no elevador, no metrô, no intervalo do jogo no Estádio do Morumbi e — naturalmente — na sala de espera do médico ou dentista. Onde quer que você esteja. Em qualquer momento disponível. Quando não conseguir dormir, quando se encontrar em qualquer fila, no café-da-manhã, na hora do almoço (ou — se estiver de regime — no lugar do almoço), entre duas partidas de tênis no clube, durante os comerciais… até em vez de assistir a uma novela! O importante é reservar tempo para ler. Escolha a hora que quiser. Acorde mais cedo. Durma mais tarde. Mude algum programa. Mas… leia!

Mas funciona mesmo?

A “fórmula mágica” deve ser testada ao longo de, digamos, 23 anos. Até lá não aceitamos reclamações. Falando sério, estou convencido de que a leitura é a receita mais simples para o conhecimento, a atualização permanente, o acesso ao mundo das idéias, a compreensão e a sabedoria. Quanto mais você ler, mais surpresas como estas terá: “Em vez de ser a condição natural do homem e da sociedade, a liberdade é algo que poucos alcançaram, em poucos lugares, através de esforço, dedicação, autodisciplina e engenhosidade social. A liberdade é a exceção da História, não a regra; é aquilo que os homens buscam, não o que possuem”. (Arthur Schlesinger) Ou, ainda, sobre liberdade: “Se uma nação espera ser ignorante e livre ao mesmo tempo, espera ser algo que nunca existiu e que nunca existirá”. (Thomas Jefferson) Ler não envolve apenas a busca de verdades eternas ou receitas universais. Ler é também diversão, entretenimento e bom humor. Alexandre Dumas escreveu sobre o matrimônio: “A cruz do casamento é tão pesada que são necessárias duas pessoas para carregá-la, às vezes três”. E, finalmente, um velho provérbio chinês, aplicável a todos os nossos planejamentos: “É muito difícil fazer profecias, principalmente com relação ao futuro”.

Mas haja memória…

Se me permitirem acrescentar mais uma recomendação àquela básica, eu lhes diria: sempre que possível, leiam com um lápis ou caneta na mão. Marquem os trechos que acharem importantes. Recortem artigos de jornais e revistas. Colecionem as frases ou parágrafos de que gostarem, como outras pessoas colecionam selos, figurinhas, autógrafos, conchas ou chaveiros. Classifiquem seus achados, arquivem-nos, troquem-nos com seus amigos… E voltem, sempre, para saboreá-los. Descobrirão que a sua coleção através dos anos revelará muitas coisas importantes a respeito de si próprios. Bem, se isso não trouxer sorte e sucesso, garanto que — no mínimo — trará sabedoria e muita satisfação.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Planos vibratórios


 É possível para pessoa desencarnada (ou projetada) tocar em objetos ou pessoas? Temos aqui este assunto apresentando de forma bem simples (sem ser simplória) os planos de manifestação da matéria mais conhecidos dos estudiosos do espírito:
Plano Físico: É o plano vibratório onde nós, encarnados, vivemos enquanto estamos acordados e lúcidos, utilizando nossos corpos físicos. É um plano constituído de matéria mais densa.
Plano Astral: É o plano vibratório onde vivem os desencarnados (gente que "morreu"), utilizando os corpos astrais deles. Mas também é o plano onde nós, encarnados, vivemos várias horas por dia, em viagens astrais mais ou menos conscientes, com nossos corpos astrais, enquanto nossos corpos físicos dormem no Plano Físico.
Um desencarnado, ao atuar aqui, no Plano Físico, não consegue levantar nem um fio de cabelo, mas pode atravessar uma parede ou uma muralha de concreto. Além disto ele pode nos ver com a visão normal dele, mas nós não o vemos com a nossa visão física.
Como e por que isto ocorre? É enorme (extraordinária) a diferença vibratória entre os Planos Físico e Astral. Assim sendo, quem está num destes planos não consegue atuar diretamente no outro porque o que existe de sólido num plano não constitui barreira para o outro. Tomemos como exemplo uma parede no Plano Físico. Ela não representa bloqueio para quem está no Plano Astral. MAS se for feita uma contraparte da parede no Plano Astral, no mesmo local, o lugar vai estar realmente protegido de invasão. Tal parede Astral pode ser feita com a força do pensamento de encarnados ou desencarnados, e mantido assim enquanto existirenergia. Uma dica boa é você mesmo criar paredes mentais, selando o ambiente do seu quarto, pra evitar a entrada de espíritos indesejados. Tem gente que usa o Reiki pra isso, outros usam o Escudo de Salomão. Encontre seu método, o que for mais fácil pra você visualizar sua proteção.
Aviso de antemão que o Plano Astral não é necessariamente o plano onde todos os desencarnados estão. Existem n planos, divididos em freqüências, como as estações de rádio. Às vezes (como nas rádios) o final de uma faixa se interpõe no começo da outra, ou então temos uma boa distância entre elas. Conhecemos pelos menos uma faixa que interpenetra o Plano Físico, que nos estudos de projeciologia chamamos de Plano Etérico (no espiritismo se referem a ele como "crosta da Terra"). Se formos continuar o paralelo com as freqüências de rádio, essa seria a "faixa do cidadão", por onde trafegam os mais diversos espíritos. O que temos nessa faixa é uma contraparte astral do físico e a população local é, a grosso modo, constituída por um bando de desencarnados que se recusam a ir para outras faixas, onde iriam estudar e se preparar para reencarnar. Se recusam assim a abandonar o mundo físico - embora não pertençam mais a ele - e ficam vagando, obsediando, vampirizando... Claro que temos também os espíritos das outras faixas, que podem vir em visita aos familiares, amigos, mas não podem ficar muito tempo por conta da influência perniciosa não só do pensamento de baixa vibração dos desencarnados, como os dos encarnados. Temos também os abnegados espíritos socorristas, que ajudam as pessoas nos desencarnes (orientam, acalmam, desfazem as ligações energéticas com os chakras, etc.). Ou seja, o Plano Etérico não é um lugar de morada. Lembram daquele cara de preto do filme Ghost,do outro lado da vida? Ele era um suicida, mas se recusava a admitir isso, e por conseqüência se recusava a abandonar a Terra. Ele se mantinha energizado vampirizando (não sei se intencionalmente) o pessoal do metrô.
Mas, afinal, pra que um cara que morreu precisa de energia? Primeiro, ninguém muda de uma hora pra outra. É comum que a pessoa que passou a vida bebendo água e comendo tenha vontade de comer do lado de lá também (no caso do cara, o vício era fumar, e ele aprendeu a fumar "por tabela"). Segundo, quando a pessoa acaba de morrer (especialmente se morrer relativamente jovem, com o corpo cheio de energia) a energia KI (anímica, na terminologia espírita) que é a energia que alimenta a matéria física e a astral, permanece alimentando o Corpo Etérico da pessoa que desencarnou por pelo menos 3 dias (por isso existe o costume do velório, que até algumas décadas atrás durava mais que um dia). Se a pessoa não tiver ajuda de espíritos socorristas, poderá permanecer com a ligação energética ao cadáver intacta (chamam essa ligação de "cordão de prata", que vai se dissipando ao longo dos 3 dias) e acaba sentindo o corpo apodrecer e ser comido pelos vermes. Terrível... mas não fiquem paranóicos porque quase sempre tem quem interceda e faça a retirada completa da sua energia do corpo no mesmo dia (Por isso é bom ter amigos... aliás, é nessa hora que o corpo físico começa a feder bastante). Mas essa facilidade não é permitida pra quem se suicida (porque o sofrimento serve como lição reparadora para que não se repita essa idiotice de novo) e infelizmente pode acontecer com os "cabeça-dura" que se recusam a largar o corpo e que por isso recusam a ajuda.
Enquanto a pessoa estiver cheia de energia densa, como o mocinho de Ghost (A meu ver, o mais perfeito filme sobre o "lado de lá") não pode passar para as faixas de freqüências superiores. Então fica "chumbado" ao Plano Etérico. A grande maioria adormece ou é induzida a adormecer, e fica numa espécie de "albergue" enquanto a "bateria" gasta (leva 13 dias, segundo Osho, pra gastar completamente, mas acho que com menos que isso já se "sobe"). Viram aquela novela A viagem? O protagonista (Antônio Fagundes) já acorda numa cama, do "lado de lá". Ele foi transportado enquanto dormia. Nem sequer viu a passagem dele pelo Plano Etérico (que muitos confundem com o umbral) pois estava dormindo.
Voltando a Ghost, o nosso personagem saiu do corpo tão de repente que nem percebeu que estava morto. Isso acontece, e ele recusou a ida ao "albergue" logo no começo. Ok, ninguém vai insistir... daí ele ficou na Terra até acontecer a "segunda morte", que é quando o corpo Etérico se dissolve e ele pôde ir "mais pra cima", com o corpo astral. Mas tem gente que não quer ir. Então eles procuram um jeito de se manterem carregados de energia anímica (física). Se o espírito tiver ALGUMA ética, vai procurar tirar a essência da comida das pessoas (se for alguém com UM POUCO MAIS de ética, vai pegar fruta de alguma árvore, ou a energia de alguma planta) e se NÃO tiver ética alguma, vai pegar a energia diretamente das pessoas (E daí pode ter vindo a lenda do vampiro. Sabiam que a jugular está localizada exatamente em cima da passagem dos canais IDA e PINGALA, ambos fortíssimos condutores de energia vital? Por isso não me admiraria se alguns desses "vampiros astrais" pulassem na jugular, embora muitos prefiram tirar a energia dos rins e da região sexual, que são mais densas). Geralmente quem fica vampirizando é porque tem algum vício. E depois de mortos eles querem continuar com o vício. Aprendem então que podem extrair a energia de alguém que esteja fazendo aquilo que ele fazia (o vampiro se liga nos chakras da vítima e fica com "acesso" a todas as sensações que a outra pessoa tiver, sem que ela perceba, do mesmo jeito que aqui se faz um grampo telefônico). Daí que o vício que as pessoas encarnadas tem por cigarro, sexo, bebida e qualquer outra coisa em excesso PODE (é uma possibilidade) estar sendo alimentado por algum vampiro que, obviamente, não quer perder o seu veículo de distribuição, e faz o possível pra induzir a vítima a continuar com aquilo. É por isso que quando se entra numa religião pra parar de beber se consegue, pois o vampiro quase sempre é afastado pelos trabalhadores do "lado de lá".
Um outro exemplo da atuação no plano etérico é o fenômeno da materialização. Se o espírito quiser/souber e puder fazer isso, vai se valer de um elemento intermediário etérico, que chamamos de Ectoplasma, produzido por um ou mais encarnados. Isso pode ser usado tanto por espíritos bem intencionados quanto mal intencionados. Mas é um fenômeno muito raro. Geralmente os desencarnados usam o influxo de energia anímica (KI) pra poder mover/derrubar coisas, exatamente como o carinha de preto do filme Ghost ensinou (fantástico esse filme!).

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O papel da liderança


Este artigo roubei de um amigo do Facebook, Luciano Pires. Achei muito boa a colocação. Quem já não foi mal atendido alguma vez na vida? Parece que comerciantes, ou qualquer pessoa que trata com o público, e precisa dele, não se dão conta do que perdem. Já um bom atendimento, faz com que as pessoas voltem a procurar esta pessoa/estabelecimento. Até as pedras sabem disso....


Um amigo encomendou um serviço de revelação fotográfica (ainda existe!), mas esqueceu de pagar a taxa de entrega de 5 reais. Ligou para a empresa solicitando que fizessem a entrega que ele passaria depois para acertar o valor. A atendente disse que ou ele pagava os 5 reais ou teria que passar na loja para retirar. Meu amigo mora a uns 60 km de distância da loja. Explicou para a moça, não houve jeito. Irritado, pediu para falar com o gerente, que repetiu a negativa, complementando: “É uma questão de fluxo de caixa”... R$ 5 reais...

Pois bem, nunca se falou tanto sobre liderança, mas ao mesmo tempo jamais sentimos tanta falta de líderes. Como na historinha que contei, a maioria absoluta dos problemas que enfrentamos diz respeito à falta de liderança, à falta de gente com capacidade de resolver as coisas. O “gerentinho” da loja de fotografia não tinha autonomia, não tinha “expediente”, não tinha capacidade de julgamento e tomada de decisão. Era apenas um burocrata medroso que, por causa de cinco reais, perdeu um cliente. E provavelmente, é igual ao chefe dele. Eles praticam aquilo que chamo de "ação não-ativa".

Ação não-ativa: todo mundo agitando, dando a impressão que está fazendo acontecer e no final..nada!

Fico imaginando a quantidade de dinheiro que as empresas gastam em treinamento dos funcionários, para obter no final um resultado pífio. O blábláblá não está surtindo efeito. Atribuo essa situação àquela velha e bem conhecida hipocrisia: falamos uma coisa e praticamos outra. Estamos amarrados por uma sociedade que precisa desesperadamente de estabilidade, fazemos um discurso hipócrita sobre inovação, autonomia e busca por oportunidades, mas no dia a dia odiamos os inovadores e as mudanças. E morremos de medo da autonomia, pois com ela vem a responsabilidade. Se der merda, a culpa é só minha! Melhor agir não-ativamente.

Conformados com a burocracia e morrendo de medo de assumir riscos, substituímos a ação pelo discurso e todo mundo finge que está fazendo acontecer, dando o melhor.

Ação não-ativa. Preste atenção.
Um amigo encomendou um serviço de revelação fotográfica (ainda existe!), mas esqueceu de pagar a taxa de entrega de 5 reais. Ligou para a empresa solicitando que fizessem a entrega que ele passaria depois para acertar o valor. A atendente disse que ou ele pagava os 5 reais ou teria que passar na loja para retirar. Meu amigo mora a uns 60 km de distância da loja. Explicou para a moça, não houve jeito. Irritado, pediu para falar com o gerente, que repetiu a negativa, complementando: “É uma questão de fluxo de caixa”... R$ 5 reais...
  
Pois bem, nunca se falou tanto sobre liderança, mas ao mesmo tempo jamais sentimos tanta falta de líderes. Como na historinha que contei, a maioria absoluta dos problemas que enfrentamos diz respeito à falta de liderança, à falta de gente com capacidade de resolver as coisas. O “gerentinho” da loja de fotografia não tinha autonomia, não tinha “expediente”, não tinha capacidade de julgamento e tomada de decisão. Era apenas um burocrata medroso que, por causa de cinco reais, perdeu um cliente. E provavelmente, é igual ao chefe dele. Eles praticam aquilo que chamo de "ação não-ativa".

Ação não-ativa: todo mundo agitando, dando a impressão que está fazendo acontecer e no final..nada!

Fico imaginando a quantidade de dinheiro que as empresas gastam em treinamento dos funcionários, para obter no final um resultado pífio.  O blábláblá não está surtindo efeito. Atribuo essa situação àquela velha e bem conhecida hipocrisia: falamos uma coisa e praticamos outra. Estamos amarrados por uma sociedade que precisa desesperadamente de estabilidade, fazemos um discurso hipócrita sobre inovação, autonomia e busca por oportunidades, mas no dia a dia odiamos os inovadores e as mudanças. E morremos de medo da autonomia, pois com ela vem a responsabilidade. Se der merda, a culpa é só minha! Melhor agir não-ativamente.

Conformados com a burocracia e morrendo de medo de assumir riscos, substituímos a ação pelo discurso e todo mundo finge que está fazendo acontecer, dando o melhor.
 
Ação não-ativa. Preste atenção.

domingo, 19 de maio de 2013

O último teorema de Fermat


Este artigo é para aqueles que gostam de matemática. Mas, mesmo para aqueles que, como eu, a detestam, é bom ter um vislumbre da complexidade do tema, bem diferente daquela matemática que aprendemos no colégio. Aproveitem!


Foi depois de ler uma série de observações e problemas relativos ao Teorema de Pitágoras e aos triplos pitagóricos, que Fermat olhou mais atentamente para a equação: x2+y2=z2, que tem infinitas soluções e a modificou de modo a obter uma muito semelhante. Passou a considerar uma nova equação em que o expoente era maior do que dois e chegou à proposição: xn+yn=zn, com n>2 e x, y ,z e n inteiros positivos, não tem soluções. 
Fermat não formalizava as suas conclusões. Contentava-se em rabiscar o que era necessário para se recordar de que tinha encontrado uma solução. Muitas vezes usava as margens dos livros para esboçar um comentário, um raciocínio, um pensamento ou alguma nota que achasse mais interessante.
Junto do problema que suscitou aquela nova proposição escreveu, então, a seguinte nota:
"É impossível para um cubo ser escrito como a soma de dois cubos ou uma quarta potência ser escrita como a soma de duas quartas potências ou, em geral, para qualquer número que é uma potência maior do que a segunda, ser escrito como a soma de duas potências com o mesmo expoente."  (Singh, 1998, p. 82)
 Contudo, não apresenta nenhuma demonstração e, na margem do livro, acrescenta apenas:
Descobri uma demonstração maravilhosa desta proposição que, no entanto, não cabe nas margens deste livro. (Aczel, 1997)

Este resultado correu o risco de cair no esquecimento, pois Fermat nunca o revelou aos matemáticos seus contemporâneos. Não fosse o seu filho mais velho perceber a importância das notas escritas pelo pai no exemplar da Arithmetica, reuni-las e publica-las numa edição especial, a Arithmetica de Diofanto Contendo Observações por P. de Fermat, em 1670, não teríamos tomado conhecimento da sua existência. As 48 observações apresentadas neste livro não estavam acompanhadas da respectiva demonstração, mas acabaram por ser provadas, uma após outra, sendo esta, a última. Por esta razão, ficou conhecida como 'O Último Teorema de Fermat' (Singh, 1998).

Capa da edição especial com as notas de Fermat 

A página que contém a famosa observação
Este misterioso comentário manteve gerações de matemáticos ocupados. Durante os séculos seguintes, tentou-se encontrar, de algum modo, uma demonstração da proposição ou constatar que era falsa, o que não aconteceu até 1994. Se Fermat tinha realmente uma demonstração, ninguém sabe. O que sabemos actualmente, é que a demonstração encontrada requer métodos que não estavam disponíveis no século XVII. Mas quer Fermat tenha notado qualquer coisa que escapou a toda agente desde então, quer se tenha iludido a si próprio, a sua observação quase casual, foi responsável por uma vasta quantidade de matemática, como por exemplo, a descoberta da teoria dos Anéis Comutativos. 
De Fermat, conhece-se apenas um esboço de demonstração para n=4. Euler conseguiu uma demonstração para n=3 e o caso n=5 foi provado por Dirichlet, em 1828 e por Legendre, em 1830. Em 1832, Dirichlet prova o resultado para n=14 e em 1839, Gabriel Lamé sugeriu uma demonstração para n=7, mas não estava completamente certa. Sophie Germain provou que se p é primo ímpar menor que cem, a equação não tem solução em inteiros não divisíveis por p. Kummer demonstra o último teorema de Fermat para expoentes n que são primos regulares (inclui todos os primos menores que 100 excepto o 37, 59, 67). Em 1980, Wagstaff mostra que o teorema é válido para todo o n até 125 000 (Stewart, 1995). 
Kummer, em 1847, na tentativa de demonstrar o 'Último Teorema de Fermat', criou o método dos divisores complexos, a que chamou números complexos ideais, contribuindo para o desenvolvimento da teoria dos números (Dantzig, s.d.).
Em 1983, Gerd Faltings descobre que para todo o n>3, a existirem soluções da equação de Fermat, estas são em número finito e mais tarde, D. R. Heath-Brown provou que a proporção de inteiros positivos n para os quais a equação não tem soluções, tende para 100% quando n aumenta (Stewart, 1995).
O 'Último Teorema de Fermat' alcançou grande popularidade pela sua resistência aos poderosos métodos de demonstração da teoria dos números e por ter sido objecto de vários concursos públicos que envolviam avultadas recompensas. Por exemplo, em 1908, o professor Paul Wolfskehl da Real Academia de Göttingen, Alemanha, oferecia um prémio de 100 000 marcos à primeira pessoa que desse uma demonstração completa da conjectura de Fermat. Devido à inflação que se seguiu à 1ª Grande Guerra Mundial, o valor económico deste prémio ficou reduzido a quase nada. Todos os anos, eram enviadas para a Academia, um grande número de «soluções» incorrectas, incluindo algumas de matemáticos profissionais, que chegaram mesmo a publicá-las. Sem excepção, em todas elas foram descobertas algumas falhas (Courant & Robbins, 1958).
Em 1920, quando perguntaram a Hilbert, porque não tentava descobrir uma demonstração, ele respondeu: "Antes de começar, deveria passar três anos a estudar intensamente, e não tenho assim tanto tempo para desperdiçar num provável fracasso." (Stewart, 1995)

No dia 23 de Junho de 1993, após sete anos de trabalho, o matemático Andrew Wiles  anuncia, numa conferência do Sir Isaac Newton Institute for Mathematical Sciences em Cambridge, ter encontrado uma demonstração para o resultado enunciado por Fermat mas, pouco tempo depois, é verificada uma pequena falha. Wiles retira-se durante mais um ano e, finalmente, surge com a demonstração reformulada. Em Novembro de 1994, depois de alguns meses de apreciação das 200 páginas, a sua demonstração é definitivamente aceite. Trata-se de uma demonstração de tal forma técnica que apenas algumas dezenas de matemáticos em todo o mundo estarão em condições de seguir o raciocínio (Aczel, 1997).

Andrew Wiles na conferência em Cambridge 

"O 'Último Teorema de Fermat' é um exemplo de um teorema tão bom, que até os seus fracassos têm enriquecido a matemática de uma forma impossível de quantificar." (Stewart, 1995)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Fez-se vingança e não justiça



 
Por Leonardo Boff
 Alguém precisa ser inimigo de si mesmo, e contrário aos valores humanitários mínimos, se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda do 11 de novembro de 2001 em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao terrorismo se tenha transformado, ele mesmo, num Estado terrorista. Foi o que fez Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns direitos, que eram apanágio do país. Fez mais, conduziu duas guerras, contra o Afeganistão e contra o Irã, onde devastou uma das culturas mais antigas da humanidade na qual foram mortos mais de cem mil pessoas e mais de um milhão de deslocados.
Cabe renovar a pergunta que quase a ninguém interessa colocar: por que se produziram tais atos terroristas? O bispo Robert Bowman, de Melbourne Beach da Flórida, que fora anteriormente piloto de caças militares durante a guerra do Vietnã respondeu, claramente, no National Catholic Reporter, numa carta aberta ao Presidente: ”Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas odiosas”.
Não disse outra coisa Richard Clarke, responsável contra o terrorismo da Casa Branca numa entrevista a Jorge Pontual emitida pela Globonews de 28/02/2010 e repetida no dia 03/05/2011. Havia advertido à CIA e ao Presidente Bush que um ataque da Al Qaeda era iminente em Nova York. Não lhe deram ouvidos. Logo em seguida ocorreu, o que o encheu de raiva. Essa raiva aumentou contra o Governo quando viu que com mentiras e falsidades Bush, por pura vontade imperial de manter a hegemonia mundial, decretou uma guerra contra o Iraque que não tinha conexão nenhuma com o 11 de setembro. A raiva chegou a um ponto que por saúde e decência se demitiu do cargo.
Mais contundente foi Chalmers Johnson, um dos principais analistas da CIA, também numa entrevista ao mesmo jornalista no dia 2 de maio do corrente ano na Globonews. Conheceu por dentro os malefícios que as mais de 800 bases militares norte-americanas produzem, espalhadas pelo mundo todo, pois evocam raiva e revolta nas populações, caldo para o terrorismo. Cita o livro de Eduardo Galeano “As veias abertas da América Latina” para ilustrar as barbaridades que os órgãos de Inteligência norte-americanos por aqui fizeram. Denuncia o caráter imperial dos Governos, fundado no uso da inteligência que recomenda golpes de Estado, organiza assassinato de líderes e ensina a torturar. Em protesto, se demitiu e foi ser professor de história na Universidade da Califórnia. Escreveu três tomos “Blowback” (retaliação) onde previa, por poucos meses de antecedência, as retaliações contra a prepotência norte-americana no mundo. Foi tido como o profeta de 11 de setembro. Este é o pano de fundo para entendermos a atual situação que culminou com a execução criminosa de Osama Bin Laden.
Os órgãos de inteligência norte-americanos são uns fracassados. Por dez anos vasculharam o mundo para caçar Bin Laden. Nada conseguiram. Só usando um método imoral, a tortura de um mensageiro de Bin Laden, conseguiram chegar ao seu esconderijo. Portanto, não tiveram mérito próprio nenhum.
Tudo nessa caçada está sob o signo da imoralidade, da vergonha e do crime. Primeiramente, o Presidente Barak Obama, como se fosse um “deus” determinou a execução/matança de Bin Laden. Isso vai contra o princípio ético universal de “não matar” e dos acordos internacionais que prescrevem a prisão, o julgamento e a punição do acusado. Assim se fez com Hussein do Iraque, com os criminosos nazistas em Nürenberg, com Eichmann em Israel e com outros acusados. Com Bin Laden se preferiu a execução intencionada, crime pelo qual Barak Obama deverá um dia responder. Depois se invadiu território do Paquistão, sem qualquer aviso prévio da operação. Em seguida, se seqüestrou o cadáver e o lançaram ao mar, crime contra a piedade familiar, direito que cada família tem de enterrar seus mortos, criminosos ou não, pois por piores que sejam, nunca deixam de ser humanos.
Não se fez justiça. Praticou-se a vingança, sempre condenável. ”Minha é a vingança” diz o Deus das escrituras das três religiões abraâmicas. Agora estaremos sob o poder de um Imperador sobre quem pesa a acusação de assassinato. E a necrofilia das multidões nos diminui e nos envergonha a todos.
Leonardo Boff, Teólogo, filósofo autor de Fundamentalismo, terrorismo , religião e paz, Vozes 2009.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Colonizar Marte: alguém se candidata?


Primera piedra para colonizar Marte: un proyecto privado recibe su primera inversión

Publicado: 31 ene 2013 | 23:21 GMT Última actualización: 31 ene 2013 | 23:21 GMT
La organización holandesa Mars One, que tiene como objetivo establecer la primera colonia humana en Marte dentro de diez años, informa que ha recibido las primeras inversiones para el proyecto.
"La organización de un vuelo a Marte es una tarea extremadamente compleja. Será necesario superar muchos obstáculos y los millones de dólares que hemos recibido en los últimos meses son una pequeña parte de los miles de millones necesarios", indicó Kai Staats, Director de Desarrollo de Negocio. Para llevar a cabo este ambicioso plan de colonización, se requieren al menos 6.000 millones de dólares, estima Mars One, ya que deberá desarrollar dispositivos y aparatos que son muy costosos, como naves y trajes espaciales, vehículos de transporte y módulos habitables para lasfuturas misiones tripuladas. 

Mars One viene buscando voluntarios para el proyecto desde hace ya varios meses. Los solicitantes deben tener al menos 18 años, gozar de buena saludmental y física, y estar dispuestos a someterse a un programa de capacitación que durará alrededor de ocho años. 
La compañía tiene pensado lanzar este año el primer 'reality show' de selección de candidatos para el primer vuelo, lo que atraería fondos adicionales para financiar el proyecto.  A mediados del año pasado la compañía anunció que el primer equipo, formado por cuatro personas, partirá en 2023 y esperan que tarde unos 7 meses en llegar a su destino. A partir de esa fecha planean enviar cada dos años a un par de astronautas para que se unan a la aventura marciana de construir y desarrollar bases. Eso sí, sin billete de vuelta.


http://actualidad.rt.com/ciencias/view/85314-colonizar-marte-proyecto-inversion