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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

explosão de cores

Pictures that will blow your mind : theCHIVE

História incrível...


Expedição Transantártica Imperial




 
  


A Expedição Transantártica Imperial (1914–17), também conhecida como Expedição Endurance, é considerada como a última grande expedição da Idade Heroica da Exploração da Antártida. Concebida por Sir Ernest Shackleton, o objectivo da expedição era efetuar a primeira travessia terrestre do continente Antártico. Depois da conquista do Pólo Sul por Roald Amundsen em 1911, restava esta travessia entre mares que, nas palavras de Shackleton, era o "principal objetivo das explorações da Antártida". A expedição não conseguiu alcançar o objetivo proposto, tendo ficado conhecida pela história de resistência dos seus membros.



 Sir Ernest Shackleton

Shackleton fez parte da tripulação da Expedição Discovery liderada por Robert Falcon Scott (1901–04), e comandou a Expedição Nimrod (1907–09). Nesta nova expedição, propôs rumar até ao Mar de Weddell e fazer desembarcar um grupo de homens perto da Baía de Vahsel para, seguidamente, efetuarem uma marcha através do continente Antártico até ao Mar de Ross. Entretanto, um grupo de apoio, o Grupo do Mar de Ross, viajaria para o lado oposto do continente, acampando no Estreito de McMurdo e, a partir daí, instalariam vários depósitos de mantimentos através da Barreira de gelo Ross até ao sopé do Glaciar Beardmore. Estes depósitos seriam essenciais para a sobrevivência do grupo transcontinental, pois estes não teriam capacidade para transportar provisões suficientes para todo o percurso. A expedição requeria dois navios: o Endurance, comandado por Shackleton, para o grupo do Mar de Weddell, e o Aurora, sob a liderança do Capitão Aeneas Mackintosh, para o Grupo do Mar de Ross.



O Endurance ficou preso no gelo do mar Weddell antes mesmo de chegar à baía de Vahsel, e mesmo depois de todo o esforço feito para o libertar, foi à deriva para norte, preso numa placa de gelo, durante todo o Inverno antárctico de 1915. O navio acabaria por ser esmagado pelo gelo e afundar-se-ia, deixando 28 homens para trás. Depois de vários meses passados num acampamento improvisado numa placa de gelo flutuante, à deriva para norte, o grupo decidiu pegar nos barcos salva-vidas e rumar para a Ilha Elefante, uma ilha inóspita e desabitada. Shackleton, e mais cinco homens, fizeram uma viagem num pequeno barco aberto, o James Caird, de cerca de 1 300 km, para chegar à ilha Geórgia do Sul. Daí, Shackleton esperava efetuar uma operação de resgate ao seus homens que ficaram na Ilha Elefante, e levá-los sãos e salvos para casa. Do outro lado do continente, o Grupo do Mar de Ross passou por grandes dificuldades para cumprir a sua missão. O Aurora foi arrancado do local onde estava atracado por uma forte tempestade e, ficando impossibilitado de regressar, deixou o grupo terrestre abandonado sem mantimentos e equipamento. Ainda assim, os depósitos foram instalados, mas, no final haveria três vítimas a lamentar.

  Endurance

Na viagem de regresso do glaciar, o grupo começou a sofrer de escorbuto; Arnold Spencer-Smith, o capelão e fotógrafo, acabou por morrer no gelo. O grupo restante chegou ao abrigo temporário de Hut Point onde ficou a recuperar. A 8 de Maio de 1916, Mackintosh e Victor Hayward decidiram caminhar sobre o instável gelo da água do mar até ao Cabo Evans, onde foram apanhados por uma tempestade e nunca mais foram vistos.

Resgate
Inicialmente pensada ser uma fotografia do regresso de Shackleton à ilha Elephant, mais tarde verificou-se que era uma fotografia da partida do James Caird de Frank Hurley, o fotógrafo.

A primeira ação tomada por Shackleton, quando chegou à estação de Stromness, foi tratar do resgate dos três companheiros que tinham ficado no Acampamento Peggoty. Um navio baleeiro deu a volta à costa, com Worsley a bordo para indicar o caminho e, na noite de 21 de Maio, todos os seis homens estavam a salvo.

Em relação ao grupo da ilha Elefante, só à quarta tentativa é que Shackleton conseguiu lá chegar e resgatá-los. Deixou a Geórgia do Sul apenas três dias depois de ter chegado Stromness, após ter garantido a utilização de um navio baleeiro de grande porte, o The Southern Sky, que estava atracado na Baía Husvik. Shackleton reuniu uma tripulação voluntária, que ficou pronta para partir na manhã de 22 de Maio. À medida que o navio se aproximava da ilha Elefante, constataram que se tinha formado uma barreira de placas de gelo a 113 km da ilha. O The Southern Sky não estava preparado para quebrar o gelo, e desviou-se para Port Stanley nas Ilhas Malvinas.

 Grupo da ilha Elefante


Quando chegaram a Port Stanley, Shackleton informou Londres, por cabo, da sua localização, e solicitou que enviassem um navio preparado para a operação de resgate. Foi informado pelo Almirantado de que não havia nenhum disponível antes de Outubro, o que, na sua perspectiva, era muito tarde. Então, com a ajuda do Ministro Britânico em Montevideu, Shackleton conseguiu obter o empréstimo de uma traineira do governo do Uruguai, o Instituto de Pesca No. 1, que zarpou para sul a 10 de Junho. De novo, a placa de gelo frustrou os seus planos. Na busca por outro navio, Shackleton, Worsley e Crean foram até Punta Arenas, no Chile, onde se encontraram com Allan MacDonald, o dono britânico da escuna Emma. McDonald equipou o navio para uma nova operação de salvamento, que partiu a 12 de Julho; novamente, o resultado foi negativo — o gelo impediu a sua progressão.Mais tarde, Shackleton daria o nome de McDonald a um glaciar na Plataforma de gelo Brunt, no Mar de Weddell. Depois de alguns problemas em identificar este glaciar, uma elevação de gelo na proximidade foi baptizada de Elevações de gelo McDonald.

Estava-se em Agosto, mais de três meses desde que Shackleton deixara a ilha Elefante. Shackleton pediu ao Governo Chileno que lhe emprestasse o Yelcho, um pequeno navio a vapor que deu apoio ao Emma durante a tentativa anterior. O Governo concordou e, a 25 de Agosto, o Yelcho, comandado por Luis Pardo, partiu para a ilha Elefante. Desta vez, escreveu Shackleton, a Providência ajudou-os. Os mares estavam navegáveis e o navio pode chegar até perto da ilha, no meio do nevoeiro. Às 11:40, do dia 30 de Agosto, o nevoeiro desapareceu, o acampamento foi avistado e, passado uma hora, todo o grupo de homens da ilha estava a salvo no navio, em direção a Punta Arenas.

Quanto aos sete sobreviventes do grupo do Mar de Ross tiveram que esperar em condições muito adversas, durante mais oito meses, até que, a 10 de Janeiro de 1917, o Aurora, agora modificado e reparado, chegou para os levar de volta para a civilização. Shackleton ia a bordo do Aurora, tendo-lhe sido negado o comando pelos governos da Nova Zelândia, Austrália e do Reino Unido, que tinham organizado o salvamento do Grupo..

Fonte: Wikipédia

alfinetes mágicos


SOBRE PONTOS E ROSTOS: ERIC DAIGH

publicado em artes e ideias por 


Cinco cores, alfinetes e rostos comuns. Nada mais simples. Da simplicidade emerge a arte de Eric Daigh - do improvável, do cotidiano, do comum. Um artista que traz de volta o espaço do tempo para a arte de hoje: o tempo de parar e contemplar a obra. Um pedido tão suave quanto inebriante.
Alfinetes, Daigh, Eric, pontilhismo, Rostos
© Eric Daigh, processo de trabalho.
Fotografias de rostos humanos em close, alfinetes comuns em cinco cores diferentes e uma técnica tão antiga quanto atual: o pontilhismo. Na era do pixel - os pontinhos minúsculos que formam as imagens na tela do seu monitor - Eric Daigh, artista americano, cria sua arte sobre o ato de revelar os pontos compositórios das imagens que estamos acostumados a ver nas telas da vida.
Esse impulso artístico de revelar o que todo o mundo vê, mas não enxerga, não é novo. Roy Lichtenstein, artista pop, se utilizava da técnica ben-day, um tipo de pontilhismo, para compor suas obras que não passavam de comics com zoom. O efeito era tornar visualmente claro o que o artista desejava: mostrar ao público que as comics também poderiam ser arte, utilizando a mesma técnica para fazer uma arte de linguagem comum. Eric Daigh utiliza de igual modo algo banal, cotidiano, como os alfinetes coloridos que seguram recados ou fotografias em quadros, para compor suas obras.
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© Eric Daigh, "Chloe".
Os alfinetes alcançaram a arte. Alfinetes em cinco cores, normalmente encontrados nos mercados, possibilitam a criação de rostos humanos em close nas mãos de Daigh. Ele inicia com as fotos dos rostos, depois começa a compor a obra com os alfinetes: como um pintor poderia utilizar tinta, ele utiliza os pequeninos pontos coloridos de metal. Através da combinação das cores e da localização precisa de cada alfinete nasce um rosto.
Acostumados a ver o mundo em pontos, por causa do pixel das telas tão comuns ao dia-a-dia, parece ser uma grande ideia revelar ao público o que ele já vê mas não percebe. Como os primórdios do pontilhismo já traduziam: o mundo em pontos necessita de distância para ser compreendido. Hoje sabemos que, se os pontos estiverem bem próximos, a distância tende a diminuir. O que Daigh propõe é o contrário: a distância que faz ver. Os pontos das cabeças de alfinetes saltam da obra como quem pede licença, como quem quer ser visto, dizer que está ali. Os pontos que formam rostos não deixam de ser alfinetes, apenas possuem algo a mais: a arte de ser o que não se é – um rosto.
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© Eric Daigh, "Megan".
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© Eric Daigh, processo de trabalho.
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© Eric Daigh, processo de trabalho.
Alfinetes, Daigh, Eric, pontilhismo, Rostos
© Eric Daigh.
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larissacouto
larissa couto estuda para ser Filósofa, Leio para ser escritora e Penso para ser eu mesma - ou ao contrário.


Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2013/01/sobre_pontos_e_rostos_eric_daigh.html#ixzz2JYfIMTc8

o segredo das espirais


"A condição humana é tal que o Ser pode encontrar-se com o Divino e mergulhar na Presença num Sábado
e na Segunda-feira ver-se numa briga de trânsito por conta de uma fechada" - א

Inúmeras formas existem para se compreender tanto as contradições humanas quanto o próprio processo evolutivo humano, e a que abordaremos hoje é a evolução como espiral.
O ser humano pode expandir sua consciência em várias direções e dimensões, para o propósito dessa visão compreendemos o processo como uma espiral vertical que em círculos pode se mover para cima e para baixo.
Imagine que você vá a uma cerimônia mágica ou religiosa durante o fim de semana e lá tenha uma experiência espiritual significativa, seja ela da presença do Divino, um profundo estado de compaixão, esperança de que as coisas ficarão bem, vontade de ajudar o próximo. Depois de deixar o local volta para sua casa e seus afazeres e aos poucos aquela sensação vai se perdendo como um sonho que não anotamos e logo esvaece da memória ficando só a vaga lembrança do que você sentiu e não a sensação em si. Os dias passam e você se encontra cada vez mais distante daquela sensação até que não reste mais nada, no máximo uma saudade de algo que você não sabe exatamente o que é, e nesse meio tempo você passa por situações cotidianas cada vez mais tensas e conflituosas que - não raro - revelam o pior de você, seja na sua relação com os demais, seja com você mesmo.
Chega novamente o fim de semana e você repete a primeira experiência, a semana chega repete a segunda experiência e assim sucessivamente.
Como no eterno retorno nietzschiano o ser se vê repetindo as mesmas experiências e tendo as mesmas sensações, seus aprendizados adquiridos em seus estudos e experiências místicas parecem desconectados da realidade diária, ainda que lhe pareçam tão enraizadas e profundas quando apreendidas.
Essa é a espiral em que nos movemos, alguns tem círculos maiores, indo muito alto e em seguida caindo profundamente na inconsciência e desligando-se de quem verdadeiramente são ou do que poderiam ser, outros tem círculos menores variando muito pouco em relação do ponto mais baixo e do ponto mais alto.
Além de tudo isso é necessário lembrar que a espiral se locomove para cima ou para baixo, ou ainda pode ficar com seu centro parado e seu raio crescendo cada vez mais, cada vez mais alto e cada vez mais fundo, até que invariavelmente o centro não se sustenta, o falcão não ouve mais o falcoeiro e a anarquia é liberta no mundo.
A observação desses padrões através desse método nos dá chaves importantes para o desenvolvimento da consciência, para o autoconhecimento e para a compreensão dos processos de outros irmãos. Todos nós estamos nessa espiral e isso nos ajuda a entender porque pessoas que consideramos tão boas tem atitudes que nos parecem incoerentes: ela está na parte de baixo da espiral, e podemos ser mais compreensivos com nós mesmos e nossos irmãos ao percebermos que cada um de nós está em momentos diferentes dela.
Isso também nos dá uma ferramenta poderosa de compreensão, pois ninguém é, tudo está. Hoje o ser é uma coisa e amanhã ele é outra, julgue um homem pelo que você acha que ele é e pouquíssimo tempo depois seu julgamento está desatualizado. Julgue de acordo com o que ele pode ser e não há como errar.
Somos nossos altos e baixos e um buscador sincero vai diligentemente trabalhar para reconhecer seu ponto mais baixo e elevá-lo constantemente a ponto de ter um círculo cada vez menor, ao mesmo tempo em que vai buscar sempre fazer com que o ponto mais alto de sua espiral continue subindo alcançando degraus cada vez mais altos da consciência. O exercício é manter-se no topo, que seu ponto mais alto seja seu estado natural. Para tanto o ser deve observar-se constantemente e reconhecer os pontos altos e baixos de sua espiral, assim o fazendo deve buscar sempre uma atitude que o leve em direção ao ponto mais alto, manifestar as atitudes desse ponto é uma chave para manter-se lá, viver essas experiência e antes de deixar o ato que o religou do divino, interagir com outros seres e realizar reflexões profundas sobre si mesmo, ancorando a consciência ou numa analogia a escalada, pregando espigões que não lhe permitam cair além daquele ponto.
Observar as pessoas de nossa convivência e reconhecer também seus pontos altos e baixos é um forma de não permitir que os comportamentos alheios influenciem no seu; Assim, se você está na parte superior e é incomodado ou deve interagir com alguém que parece estar bem abaixo de seu centro, é o momento de ser compreensivo e dessa forma trazê-lo para cima ao invés de permitir ser arrastado para baixo.
Tome a si mesmo sempre pelo ponto mais baixo, dessa forma você vai lutar com muito mais força para elevar seu nadir (ou ponto mais baixo), e tome os outros sempre pelo seu ponto mais alto, independente do estado em que esteja ele, mantenha sempre na memória o Zênite desse ser, o seu ponto mais alto, assim terá à sua volta somente pessoas excepcionais, e se em algum momento ele lhe mostrar o seu pior, responda de acordo com o seu melhor. Assim, de alma para alma, ele encontrará o caminho de volta até o topo, e você não precisará mais descer.
Depois de compreendida essa lição, cabe aos irmãos lembrarem que essa espiral é em 3 dimensões, mas por ora trabalhemos em nossos círculos; as esferas só para daqui a algum tempo.
Chay !
- Frater Alef