Série Crônicas de Natal – Parte Final
“Mas é carnaval, não me diga mais quem é você…” dizia o sambinha de Chico Buarque; mas, embora pareça, ainda não é. As lojas já se livraram dos enfeites de natal e expõe suas lantejoulas e máscaras para os dias “momescos”; o mercado de Abadás está em alta e fervilha nas redes sociais; Cláudia Sangalo, Ivete Mercury, Daniele Leite – ou em qualquer outra ordem – já preparam seus trios elétricos de vinte e tantos instrumentistas, para invadir as RUAAAAAS DE SAAAALVAAADOOOOORRRRR! (Nota do Cronista: bem gritado e suingado). E todo ano é assim: depois das festas de fim de ano; é hora de se preparar para o “maior espetáculo da terra”.
Entretanto, ainda não é carnaval e temos que limpar a sujeira da virada do ano. Os pães de rabanada já vão sumindo das prateleiras; assim como os panetones e as frutas secas – nozes, castanhas etc. Desmontar a Árvore de Natal e retirar as famosas lâmpadas das varandas – esse ano escapei mesmo – são tarefas, que vamos empurrando com a barriga. Porém, depois da segunda semana de janeiro, ninguém vai entender o que aquilo está fazendo no meio da sua sala. Uma dica é você dizer que é contra o desmatamento florestal e que, por isso, respeita até o artefato natalino. Confidencio que tenho medo de usar esta tática, pois a Secretaria Municipal de Meio Ambiente pode gostar da idéia e passar a exigir licença ambiental para a extração do bibelô. – Já pensou na fila e no quanto eles iriam faturar em multa?
A série de natal termina aqui. Optei por escrever sobre um tema só, ao longo destas quatro semanas, porque imagino que, qualquer outro tema, fica relegado ao segundo plano, diante de eventos tão grandiosos como as festas de fim de ano.
Nota da editora: desejo a todos os leitores votos de um Feliz Natal, junto aos seus familiares e demais pessoas que lhes são caras. :o)
