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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sobre a morte e o morrer



O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?


Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza.
 Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver."
 A vida é tão boa! Não quero ir embora...

Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta 
que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?".
 Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro:
 "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é 
onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a 
algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, 
nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, 
aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”

Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, 
sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela 
fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente 
mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! 
A vida é tão boa...”

Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações,
 aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada
 possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem 
ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a 
passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma 
mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio
 a visões de beleza.

Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem 
velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai 
não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que 
eu pratique a eutanásia?".

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. 
Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor 
inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do 
médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; 
costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.

Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, 
numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora 
o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, 
movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: 
debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais 
dois dias antes de tocar de novo o acorde final.

Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. 
Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os 
mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo 
princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser 
humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo
 aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que 
indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob
 a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. 
A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto 
existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria
 ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.

Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu 
ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os 
médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: 
"Liberta-me".

Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos
 cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. 
Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu 
um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo.
 Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o 
direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se 
recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.

Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer 
e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs.
 A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue 
quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à 
obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. 
A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para 
que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. 
Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, 
com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de 
causar medo.

Rubem Alves

Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12-10-03. fls 3.



sexta-feira, 26 de abril de 2013

O corpo fala - emoções x dores


O CORPO FALA - EMOÇÕES X DORES

MENSAGENS DO CORPO: EMOÇÕES X DORES

Acredito que criamos todas as "doenças" de nosso corpo. Ele, como tudo o mais na vida, é um reflexo dos nossos pensamentos e crenças interiores. O corpo está sempre falando conosco, só precisamos parar para ouvi-lo. Cada célula sua reage a cada pensamento que você tem e cada palavra que fala.

Modelos contínuos de pensar e falar geram posturas, comportamentos, confortos ou desconfortos no corpo. A pessoa que tem um rosto sempre sombrio não criou essa condição tendo pensamentos alegres e carinhosos. Os rostos e corpos das pessoas idosas revelam claramente os padrões de pensamento de toda uma vida. Qual será sua aparência quando você for velho?

Estou incluindo nesta seção minha lista de Prováveis Padrões Mentais que criam doenças no corpo, bem como os Novos Padrões de Pensamento ou Afirmações que devem ser usados para criar a saúde. Eles também estão no meu livro Cure o Seu Corpo.

Antes disso, vou analisar algumas das condições mais comuns para lhe dar uma ideia de como criamos esses distúrbios. Quero esclarecer que o padrão mental nem sempre é 100% verdade para todos. No entanto, ele lhe fornece um ponto de referência para iniciar a busca pela causa da doença. Muitas pessoas que trabalham com terapias de cura alternativas usam meu livro Cure o Seu Corpo para analisar seus clientes e confirmam que as causas mentais têm uma incidência de 90 a 95%.

A cabeça nos representa. Ela é o que mostramos ao mundo e é por ela que geralmente somos reconhecidos. Quando algo está errado na área da cabeça, quase sempre significa que sentimos que há algo de muito errado conosco. Os cabelos representam a força. Quando estamos tensos e assustados, muitas vezes criamos aquelas verdadeiras faixas de aço que se originam nos músculos do ombro, sobem para o alto da cabeça e atingem até os olhos. Quando existe muita tensão no couro cabeludo, o sangue não consegue irrigar adequadamente os folículos pilosos, que dão origem aos fios de cabelo. Se essa tensão é continuada e o couro cabeludo fica constantemente contraído, não há crescimento de novos fios.

A calvície feminina vem aumentando desde que as mulheres começaram a ingressar no "mundo dos negócios", com todas as suas tensões e frustrações, e cada vez mais elas estão procurando tratamentos e artifícios para disfarçar o problema. A tensão resulta do fato de não se ser forte. A tensão é fraqueza. Estar relaxado, centrado e em paz é na verdade estar forte e seguro. Seria bom para todos nós relaxarmos mais nossos corpos, e muitos precisam também relaxar o couro cabeludo. Tente agora. Deixe seu couro cabeludo relaxar e perceba se você sente uma diferença. Se notou um relaxamento perceptível, procure fazer este pequeno exercício com constância.

Os ouvidos representam a capacidade de ouvir. Distúrbios nos ouvidos geralmente significam que está acontecendo algo em sua vida que você não quer ouvir. Uma dor de ouvido indicaria que existe raiva do que está sendo escutado. Dores de ouvido são comuns em crianças. Elas muitas vezes têm de escutar coisas em seu lar que na verdade não querem ouvir. Em geral as regras da família proíbem a expressão da raiva da criança, e ela, por causa da sua incapacidade de mudar o que a desagrada, cria uma dor de ouvido.

A surdez representa uma recusa continuada a ouvir alguém. Repare que em casais, quando um usa aparelho de surdez, o seu cônjuge fala muito. Os olhos representam a capacidade de ver. Quando existem distúrbios nos olhos, geralmente há algo que não queremos ver, seja em nós mesmos ou em nossa vida, presente, passada e futura. Sempre que vejo crianças pequenas usando óculos sei que está acontecendo algo em sua casa que elas não querem olhar. Como não podem modificar a experiência, tornam a vista difusa para não ter de vê-la claramente.

Muitas pessoas tiveram curas dramáticas na vista quando se dispuseram a voltar ao passado e dissolveram o que não quiseram ver um ou dois anos antes de começarem a usar lentes. Você está negando o que está acontecendo agora? O que não deseja enfrentar cara a cara? Tem medo de ver o presente ou o futuro? Se você pudesse ver claramente sem óculos, o que enxergaria que não enxerga agora? Você pode ver o que está fazendo a si mesmo? Perguntas interessantes de serem analisadas.

Dores de cabeça resultam da falta de autovalorização. Na próxima vez em que você tiver uma dor de cabeça, pergunte-se em que acha que errou. Perdoe-se, deixe o erro ir e a dor de cabeça se dissolver no nada que é de onde ela veio. Enxaquecas são criadas por pessoas que querem ser perfeitas e criam muita pressão em torno de si. Há muito de raiva reprimida envolvida. As enxaquecas quase sempre podem ser aliviadas pela masturbação, se ela for feita logo nos primeiros sinais.

A descarga sexual dissolve a tensão e a dor. Você talvez não sinta vontade de se masturbar nessa hora, mas vale a pena tentar. Ninguém sairá perdendo.

Distúrbios nos seios paranasais, que atingem bem à frente do rosto, perto do nariz, representam irritação com alguém de sua vida, alguém muito próximo. Você pode até sentir que está sendo espezinhado por essa pessoa.

Esquecemos que criamos as situações e então abrimos mão de nosso poder culpando outra pessoa pela nossa frustração. Ninguém, nenhum lugar, nada tem nenhum poder sobre nós, pois nós somos o único "pensador" em nossas mentes. Criamos nossas experiências, nossa realidade e todos que estão nela. Quando criamos paz, harmonia e equilíbrio em nossa mente, encontramos o mesmo em nossa vida.

O pescoço e a garganta são fascinantes porque a maior parte das "coisas" acontece ali. O pescoço representa a capacidade de ser flexível no pensamento, ver o outro lado da questão e entender o ponto de vista de outros. Quando há problemas no pescoço, em geral estamos sendo teimosos em nosso conceito sobre uma situação. Sempre que vejo alguém usando um "colar" ortopédico sei que essa pessoa está convencida do seu ponto de vista sobre uma questão e teima em não ver o outro lado.

A propósito, Virginia Satir, a brilhante terapeuta familiar, diz que fez uma "pesquisa boba" e descobriu que existem mais de 250 maneiras diferentes de se lavar a louça, dependendo de quem lava ou dos produtos utilizados. Então, quando nos prendemos à crença de que há apenas "um jeito" ou "um ponto de vista" estamos deixando de fora muitas coisas boas em nossa vida.

A garganta representa nossa capacidade de "falar em favor de nós mesmos", "pedir o que queremos", dizermos "eu sou" etc. Quando temos problemas na garganta, em geral significa que não nos sentimos no direito de expressarmos essas coisas. Não estamos à vontade para defendermos a nós mesmos. Garganta inflamada é sempre sinal de raiva. Quando há também um resfriado, existe confusão mental junto com ela. A laringite em geral significa que você está tão bravo que não consegue falar. A garganta também representa o fluxo criativo no corpo. E nela que expressamos a criatividade. Quando nossa criatividade está sufocada ou frustrada, temos constantemente problemas de garganta. Isso acontece também com pessoas que vivem só para os outros, nunca fazendo o que querem, sempre tentando agradar a mães, pais, cônjuges ou chefes. Amidalite ou distúrbios da tiroide refletem criatividade frustrada por não se poder fazer o que se quer.

O centro energético da garganta, o quinto chacra, é o lugar do corpo onde ocorrem as mudanças. Quando estamos resistindo a elas, no meio delas ou tentando mudar, muitas vezes temos muita atividade na garganta. Repare quando você tosse, ou quando outra pessoa tosse. O que acabou de ser dito? A que estamos reagindo? Trata-se de resistência e teimosia, ou o processo de mudança está em andamento? Nos meus cursos, uso a tosse como instrumento para a autodescoberta. Sempre que alguém tosse, faço com que ele toque a frente do pescoço e diga em voz alta: "Estou disposto a mudar" ou "Estou mudando".

Os braços representam nossas habilidades e a capacidade de abraçar as experiências da vida. A parte superior do braço está ligada à nossa capacidade, enquanto o antebraço está ligado às habilidades. Guardamos velhas emoções em nossas juntas e os cotovelos representam nossa flexibilidade em mudar de direção. Você aceita com flexibilidade mudar o rumo de alguma coisa em sua vida ou velhas emoções o estão mantendo arraigado num único lugar?

As mãos agarram, seguram, apertam. Deixamos coisas nos escapar pelos dedos. Às vezes seguramos demais. Temos mão boa, SOMOS mão fechada, mão aberta. Damos uma mão a alguém, andamos de mãos dadas, está à mão ou fora de mão, temos mão pesada ou mão leve. Alguns têm mãos abençoadas.

As mãos podem ser delicadas ou duras, com nós pronunciados por se pensar demais ou deformados pela crítica artrítica. As mãos em garra se originam do medo, medo da perda, medo de nunca ter o suficiente, medo de aquilo não ficar se não for segurado com força. Agarrar-se a um relacionamento só faz o parceiro fugir em desespero. Mãos cerradas não podem pegar nada de novo. Soltar os braços e sacudir as mãos como para secá-las nos traz uma sensação de relaxamento e abertura.

Aquilo que lhe pertence não pode ser tirado, por isso relaxe. Os cinco dedos têm seus próprios significados. Problemas nos dedos mostram onde você precisa relaxar e soltar. Se você cortou o indicador provavelmente existe raiva e medo relacionados com seu ego em alguma situação atual. O polegar é mental e representa a preocupação. O indicador é o ego e o medo. O dedo médio está relacionado com o sexo e com a raiva. Quando você estiver com raiva, segure o dedo anular e veja-a se dissolver. Segure o dedo direito se estiver com raiva de um homem e o esquerdo se for de uma mulher. O dedo anular tem a ver com as uniões e o pesar. O mínimo está relacionado com a família e com o fingimento.

As costas representam nosso sistema de apoio. Problemas nas costas geralmente significam que estamos carentes de apoio. É freqüente pensarmos que contamos apenas com o apoio de nosso cargo, família ou cônjuges, porém, na realidade, contamos com o apoio total do Universo, da Vida em si. A parte superior das costas está relacionada com a sensação de carência de apoio emocional. Meu marido/esposa/namorado/amigo/chefe não me compreende ou não me apóia. A parte média das costas está relacionada com a culpa. Tudo aquilo que está atrás de nós. Você tem medo de ver o que está lá ou está escondendo o que está lá? Você se sente apunhalado nas costas.

Você acha que está realmente "na pior"? Suas finanças estão uma bagunça ou então você se preocupa demais com elas? Então pode ser que a parte inferior de suas costas o esteja perturbando por causa da falta de dinheiro ou medo de não tê-lo. A quantia que você tem não importa. Um número muito grande de pessoas crê que o dinheiro é a coisa mais importante da vida e que não conseguiríamos sobreviver sem ele. Não é verdade. Existe algo muito mais importante e precioso para nos, sem o qual não poderíamos viver. O quê? A respiração. O ar que respiramos é a substância mais preciosa de nossas vidas e, no entanto, tomamos como certo que depois que exalarmos esse ar continua ali para inspirarmos de novo. Se não respirássemos outra vez, não duraríamos mais do que três minutos. Ora, se o Poder que nos criou deu-nos a respiração e o ar para durar o tempo que vivermos, não podemos confiar que tudo o mais de que necessitamos também nos será fornecido?

Os pulmões representam nossa capacidade de sugar e expelir a vida. Problemas nos pulmões geralmente significam que temos medo de absorver a vida ou então que não nos achamos no direito de viver plenamente. As mulheres sempre tiveram a tendência de não respirar fundo e muito freqüentemente pensaram em si mesmas como cidadãs de segunda classe que não tinham o direito de reivindicar espaço e às vezes nem de viver. Hoje em dia tudo isso está mudando. As mulheres estão tomando seu lugar na sociedade e respirando mais fundo e completamente.

Fico satisfeita ao ver mulheres praticando esportes. Claro, elas sempre trabalharam duro, no campo ou em suas casas. Todavia, esta é a primeira vez na história, pelo que sei, que tantas delas estão se dedicando a esportes e exercícios físicos. É maravilhoso ver os corpos magníficos que estão emergindo.

O enfisema e o tabagismo são modos de negar a vida. Eles mascaram uma sensação profunda de achar-se totalmente indigno de existir. Admoestações não modificarão o hábito de fumar, pois primeiro é necessário mudar a crença básica que deu origem a ele.

Os seios representam o princípio maternal. Quando há problemas nos seios, geralmente significa que a mulher está sendo a "supermãe" de uma pessoa, lugar, coisa ou experiência. Parte do processo maternal é permitir que o filho "cresça". Precisamos saber a hora de tirarmos as mãos dele, de entregar as rédeas a outros ou deixá-lo em paz. A superproteção não prepara um jovem para lidar com suas próprias experiências. As vezes, atitudes dominadoras literalmente cortam a nutrição de uma situação. Quando há câncer nos seios, existe também um profundo ressentimento. Deixe ir o medo e saiba que a Inteligência do Universo reside em cada um de nós.

O coração, claro, representa o amor. O sangue representa a alegria. Nossos corações bombeiam alegremente a alegria por todo o nosso corpo. Quando nos negamos amor e alegria, o coração se encolhe e torna-se frio. Como resultado, a circulação torna-se vagarosa e começamos a nos arrastar para a anemia, angina e infartos. Falamos em "ataque do coração", mas o coração não nos ataca. Somos nós que o prejudicamos, pois nos envolvemos tanto nas novelas e dramas que criamos que muitas vezes nos esquecemos de notar as pequenas alegrias que nos cercam. Passamos tantos anos extraindo toda a alegria do coração que ele literalmente acaba desmaiando de dor. Pessoas que sofrem ataques cardíacos nunca são alegres e, se não aprenderem a apreciar o que há de bom na vida, recriarão outro infarto em pouco tempo. Coração de ouro, coração frio, coração aberto, coração duro, coração mole, coração bom - qual é o seu?

O estômago digere todas as novas idéias e experiências que temos. O que seu estômago aceita ou não aceita? O que lhe dá um nó no estômago? Quando temos perturbações de estômago, geralmente significa que não sabemos como assimilar a nova experiência. Sentimos medo dela. Muitos de nós se recordam de quando as viagens de avião começaram a se popularizam Entrar num pássaro de metal que nos transportaria de forma segura pelo céu era uma nova ideia difícil de assimilar. Assim, em todas as poltronas havia sacos para vômito e a maioria de nós o usava. Vomitávamos nos sacos de papel o mais discretamente possível e os entregávamos à aeromoça, que passava um bom tempo andando de um lado para o outro no corredor, recolhendo-os. Atualmente, apesar de ainda haver sacos em todas as poltronas, eles raramente são utilizados. Assimilamos a ideia de voar.

Úlceras não passam de medo, um medo terrível de não ser "bom o bastante". Tememos não ser bastante bons para um parente ou superior. Não conseguimos engolir o que somos. Rasgamos nossas entranhas para agradar aos outros. Não importa qual seja o cargo que ocupamos, nossa auto-estima é muito pequena. Temos medo do que vão descobrir sobre nós. A resposta para isso é o amor. Pessoas que se amam e se aprovam jamais têm úlceras. Seja delicado e amoroso com a criança interior e dê-lhe todo o apoio e encorajamento que você desejava quando era pequeno.

Os órgãos genitais são a parte mais feminina de uma mulher e a parte mais masculina do homem, e representam a feminilidade ou a masculinidade, nosso princípio masculino ou nosso princípio feminino. Quando não nos sentimos à vontade em ser um homem ou uma mulher, quando rejeitamos nossa sexualidade, quando rejeitamos nosso corpo por considerá-lo sujo ou pecaminoso, freqüentemente temos problemas na área genital. É muito raro eu encontrar alguém que foi criado num lar onde os órgãos genitais e suas funções eram chamados pelos seus nomes corretos. Todos nós crescemos usando eufemismos de um tipo ou de outro. Você se recorda dos que sua família empregava? Podiam ser tão delicados como "lá em baixo" até palavrões que o faziam sentir que seus órgãos eram sujos e nojentos. Sim, todos crescemos acreditando que havia algo não muito bom entre nossas pernas.

Acho que a revolução sexual que explodiu há alguns anos foi, de certa forma, uma coisa boa. Começamos a nos afastar da hipocrisia vitoriana. Subitamente tornou-se certo ter muitos parceiros e tanto homens como mulheres podiam ter aventuras de uma só noite. A troca de casais tornou-se mais aberta. Com tudo isso, muitos de nós passaram a gozar o prazer e a liberdade de nosso corpo de um modo novo e aberto. Todavia, poucos de nós pensaram em lidar com o que Roza Lamont, fundadora do Self Communication Institute, chama de "Deus de Mamãe". O que sua mãe lhe ensinou sobre Deus quando você tinha três anos ainda está no seu subconsciente, a não ser que você já tenha feito algum tipo de trabalho mental para libertá-lo. Aquele Deus era raivoso, vingativo? O que aquele Deus pensava sobre sexo? Se ainda estamos abrigando essas primeiras sensações de culpa a respeito da sexualidade e do nosso corpo, com toda certeza iremos criar punições para nós mesmos.

Problemas de bexiga, ânus, próstata, pênis, bem como a vaginite, têm origem nas crenças distorcidas sobre nossos órgãos genitais e no valor de suas funções. Cada órgão de nosso corpo é uma magnífica expressão de vida com sua própria e especial função. Não pensamos em nosso fígado ou em nossos olhos como sendo sujos e pecaminosos. Por que então escolhemos acreditar que os órgãos genitais o são? O ânus é tão belo como o ouvido, por exemplo. Sem o ânus não teríamos como expelir aquilo de que o corpo não precisa mais e morreríamos bem rapidamente. Cada parte e função do nosso corpo é perfeita e normal, bela e natural.

Peço aos clientes com problemas sexuais que comecem a se relacionar com seu reto, pênis ou vagina com um sentido de amor e apreciação pelas suas funções e sua beleza. Se você está estremecendo ou ficando irritado com o que está lendo aqui, pergunte-se: por quê? Quem o mandou negar qualquer parte de seu corpo? Com toda certeza não foi Deus. Nossos órgãos sexuais foram criados para nos dar prazer. Negar isso é criar dor e castigo. O sexo não é apenas "legal", ele é glorioso e sensacional. É tão normal para nós fazer sexo como respirar e comer.

Apenas por um instante, tente visualizar a vastidão do Universo. Ela está além de nossa compreensão. Até mesmo os maiores cientistas com os equipamentos mais modernos que existem não podem medi-la. Bem, dentro desse Universo há muitas galáxias e numa das menores delas, num cantinho afastado, existe um sol de menor grandeza. Em torno desse sol giram umas poeirinhas, uma das quais é chamada de planeta Terra. Ora, acho difícil acreditar que a imensa, incrível Inteligência que criou o Universo inteiro seja apenas um velho sentado numa nuvem acima do planeta Terra... espiando o que faço com meus órgãos genitais! No entanto, a maioria de nós teve esse conceito enfiado em nossa mente quando éramos crianças.

É absolutamente vital desprendermos de nossa mente essas idéias tolas, antiquadas, que não nos apoiam nem nos nutrem. Insisto também que até nosso conceito de Deus precisa ser mudado, de forma que tenhamos um Deus para nós, não contra nós.

Existe uma variedade enorme de religiões que podemos escolher. Se você atualmente tem uma que lhe diz que você é um pecador e um verme imundo, procure outra. Não estou defendendo a ideia de todos saírem por aí fazendo sexo livre à vontade, só estou dizendo que algumas de nossas regras de vida não fazem o menor sentido, motivo pelo qual muitos as desobedecem e tornam-se hipócritas.

Quando retiramos a culpa sexual das pessoas e as ensinamos a se amarem e se respeitarem, elas automaticamente passam a tratar melhor a si mesmas e aos outros, o que resulta no seu mais alto bem e maior alegria. O motivo de termos tantos problemas com nossa sexualidade é o ódio e o nojo voltados contra nós mesmos, o que nos faz tratar a nós mesmos e aos outros com mesquinhez.

Não é suficiente ensinar a mecânica da sexualidade nas escolas. É preciso, num nível bem profundo, lembrar às crianças que seu corpo, órgãos genitais e sexualidade devem ser motivo de júbilo. Creio firmemente que os que se amam e amam seu corpo não maltratam a si mesmos e aos outros.

Em minha prática, descobri que a maioria dos problemas de bexiga têm origem na raiva contra o parceiro. O que nos irrita está relacionado com nossa feminilidade ou masculinidade. As mulheres têm mais distúrbios de bexiga do que os homens porque têm uma maior tendência para ocultar sua mágoa. Voltando à vaginite, ela em geral está envolvida com a sensação de se sentir romanticamente magoada por um parceiro. Os problemas de próstata têm muito a ver com a autovalorização e a crença de que à medida que vai se tornando mais velho o homem torna-se menos homem. A impotência tem origem no medo e às vezes está relacionada com o ressentimento contra uma parceira anterior.

A frigidez também vem do medo ou da crença de que é errado gozar dos prazeres do corpo. Ela pode ainda ser causada por nojo contra si mesmo e às vezes é intensificada por um parceiro de pouca sensibilidade.

A síndrome pré-menstrual, que vem atingindo proporções epidêmicas, está diretamente relacionada com o aumento da propaganda nos meios de comunicação. Esses anúncios imprimem sem parar nas mentes femininas que o corpo deve ser borrifado, empoado, lavado e de uma forma geral super-higienizado com os mais diferentes produtos para torná-lo razoavelmente aceitável. Ora, ao mesmo tempo que as mulheres estão assumindo sua posição igual na sociedade, também estão sendo bombardeadas com a mensagem negativa de que os processos orgânicos femininos têm algo de errado. Isso, combinado com a exagerada quantidade de açúcar que atualmente é consumida, cria um campo fértil para a síndrome. Os processos orgânicos femininos, inclusive a menstruação e a menopausa, são normais e naturais, e devemos aceitá-los como tal, mantendo sempre em mente que nosso corpo é belo, magnífico e maravilhoso.

Acredito que as doenças venéreas quase sempre são sinal de culpa sexual. Elas vêm de uma sensação, muitas vezes inconsciente, de que não é certo nos expressarmos sexualmente. Um portador de doença venérea pode ter muitos parceiros, mas somente aqueles cujos sistemas imunitários físico e mental são fracos serão suscetíveis a ela. Além desses antigos males, atualmente a população heterossexual criou um aumento da herpes, que é uma doença que fica indo e vindo para nos "punir" pela crença de que "somos maus". A herpes tem a tendência de surgir quando estamos emocionalmente desequilibrados, o que por si só já conta muito.

Agora vamos levar essa mesma teoria para a comunidade gay, que, além de ter todos os problemas que as outras, enfrenta uma grande parte da sociedade apontando o dedo para ela, dizendo: "Maus! " Em geral, as próprias mães e pais dos gays também estão afirmando: "Vocês são maus". É uma carga muito pesada.

Na sociedade heterossexual, muitas mulheres têm pavor de ficarem velhas por causa dos sistemas de crenças que criamos em torno da glória da juventude. Para os homens não é tão difícil, pois eles até ganham um certo charme com um pouco de cabelos brancos e a idade lhes confere um ar respeitável que pode despertar admiração. Isso, porém, não acontece com a maioria dos homens homossexuais, pois eles criaram uma cultura que coloca uma ênfase imensa na juventude e beleza, ignorando os sentimentos que existem por trás da aparência física. Quem não é jovem e belo praticamente não conta. A pessoa não é importante, só seu corpo é que vale. Esse modo de pensar é uma desgraça para todos eles, pois não passa de mais uma maneira de afirmar: "Ser gay não é bom".

Com muita freqüência os homossexuais acham que quando ficarem mais velhos se tornarão inúteis e indesejados, e com isso muitos criaram um estilo de vida destrutivo por pensarem que é melhor se destruírem primeiro. Alguns dos conceitos e atitudes tão típicos da vida gay - a exibição, o constante avaliar, a recusa de manter uma união estável etc. - são monstruosos. E a Aids é uma doença monstruosa. Devido ao modo como os homossexuais se tratam uns aos outros, para muitos deles a ideia de envelhecer é algo pavoroso. É quase melhor morrer do que ficar velho. E a Aids é uma doença que mata. Essas atitudes e modelos de comportamento só podem criar culpa num nível profundo. Eu, de forma nenhuma, estou tentando criar culpa para alguém. Todavia, precisamos olhar cara a cara as coisas que têm de ser mudadas para que nossas vidas funcionem com amor, alegria e respeito. Há cinquenta anos, quase todos os homossexuais se ocultavam, e atualmente eles conseguiram criar bolsões na sociedade onde pelo menos podem ser relativamente abertos. No entanto, tenho pena ao ver que muito do que eles criaram só traz dor aos seus irmãos gays. Embora seja deplorável o modo como homens "normais" tratam os homossexuais, é trágica a maneira como muitos gays tratam os outros gays.

Os homens, por tradição, sempre têm mais parceiros sexuais do que as mulheres. Quando homens se unem, portanto, há muito mais sexo. Quanto a isso, tudo bem. Alguns homens gostam de ter muitos parceiros mais para satisfazer sua necessidade de auto-estima do que pelo prazer. Todavia, quando temos de nos entorpecer com álcool ou drogas todas as noites e se "necessitamos" de vários parceiros por dia só para provar nossa autovalorização, não estamos criando um espaço que nos nutre. É hora de fazermos algumas mudanças mentais. Esta é a época de curar, de tornar tudo pleno, não de condenar. Devemos nos desligar das limitações do passado. Somos todos expressões Divinas, Magníficas da Vida. Vamos reivindicar esse direito agora!

O cólon representa nossa capacidade de soltar, de mandar embora o que não precisamos mais. O corpo, estando dentro do ritmo perfeito e do fluxo da vida, precisa de um equilíbrio na ingestão, assimilação e eliminação. São apenas nossos medos que bloqueiam o desprendimento do que é velho. Mesmo quando pessoas que sofrem de prisão de ventre não são realmente avarentas, elas em geral temem que nunca haver o suficiente. Agarra-se a antigos relacionamentos que só lhes causam mágoa. Tem medo de se desfazer de roupas que há anos estão fechadas nos armários porque talvez venham a precisar delas. Permanecem num emprego sufocante ou nunca se dão momentos de prazer porque pensam que precisam economizar para dias difíceis. Ora, não remexemos a lata de lixo para encontrar o almoço de hoje, portanto aprenda a confiar no processo da vida, sabendo que ele sempre trará o que você precisa.

Nossas pernas nos conduzem pela vida. Problemas nas pernas muitas vezes indicam o medo de ir em frente ou uma relutância em seguir uma determinada direção. Muitas vezes temos coxas grandes, gordas, cheias de ressentimentos de infância. Não querer fazer alguma coisa com freqüência resulta em distúrbios de menor importância nas pernas. VARIZES representam ficar num emprego ou lugar que detestamos. As veias perdem sua capacidade de transportar a alegria.

 


Você está indo à direção que deseja?

Os joelhos, como o pescoço, têm a ver com a flexibilidade e expressam o orgulho, o ego e a teimosia. Muitas vezes, ao irmos em frente, ficamos com medo de sermos obrigados a nos dobrar. Desejamos mudar, mas não queremos modificar nossas atitudes. Isso leva à inflexibilidade e causa o enrijecimento das articulações. De todas as nossas juntas, a mais difícil de sarar quando atingida é o joelho, pois nele sempre há o envolvimento do ego e do orgulho.

Na próxima vez em que você tiver um problema no joelho, pergunte-se onde está sendo teimoso, onde está se recusando a dobrar. Abandone essa inflexibilidade. A vida é fluxo, a vida é movimento e, para nos sentirmos bem, temos de ser flexíveis e nos movimentar com ela. Um salgueiro se dobra e balança ao vento e é sempre gracioso, está sempre em paz com a vida.

Nossos pés têm a ver com nossa compreensão de nós mesmos e da vida - passada, presente e futura. Muitos velhos têm dificuldade em andar. Sua compreensão foi distorcida e eles sentem que não têm para onde ir. Os idosos também arrastam os pés, como relutando progredir. Já as crianças movimentam-se sobre pés alegres, quase sempre dançando.

A pele representa nossa individualidade. Problemas de pele geralmente significam que achamos que nossa individualidade está sendo ameaçada de alguma forma. Sentimos que outros têm poder sobre nós. Um dos modos mais rápidos de curar problemas de pele é se nutrir dizendo mentalmente centenas de vezes por dia: "Eu me aprovo". Retome o seu próprio poder.

Acidentes não são acidentes. Como tudo mais em nossa vida nós os criamos. Não é que digamos: "Quero sofrer um acidente", mas o fato é que temos padrões de pensamento que podem atrair acidentes para nós. Há pessoas que parecem ter "tendência para acidentes", enquanto outras passam a vida inteira sem nem mesmo um arranhão. Acidentes são expressões de raiva. Indicam frustrações represadas diante da sensação de não ter a liberdade de falar por si. Eles também indicam rebelião contra a autoridade. Ficamos tão furiosos que queremos atingir alguém e, em vez disso, nós é que somos atingidos.

Em certas ocasiões, quando ficamos com raiva de nós mesmos, quando nos sentimos culpados, quando achamos que merecemos castigo, criamos um acidente, que é um modo formidável de lidar com tudo isso. Na aparência, fomos vítimas indefesas do destino, mas um acidente nos permite recebermos compaixão e atenção, termos nossos ferimentos tratados e ficarmos de cama, às vezes por um longo tempo. E, mais, ganhamos a dor.

O ponto do corpo atingido no acidente nos dá uma pista da área da vida em que nos sentimos culpados. O grau do ferimento indica com qual severidade achávamos que devíamos ser punidos e qual a duração da sentença.

A anorexia-bulimia é negar a vida a si mesmo, uma forma extrema de ódio voltado contra o próprio eu. O alimento é a nutrição no nível mais básico. Por que você nega nutrição a si mesmo? Por que quer morrer? O que está acontecendo em sua vida que é tão terrível a ponto de você querer sair dela? O ódio contra si próprio é apenas ódio de um pensamento que se tem sobre si mesmo. E pensamentos podem ser mudados.

O que há de tão errado em você? Foi criado numa família critica? Teve professores críticos? Seus ensinamentos religiosos da infância lhe diziam que você não era "bom o bastante"? Pense bem, pois na maioria das vezes tentamos encontrar motivos que "tem sentido para nós" pelos quais não somos amados e aceitos.

Devido à obsessão da indústria de moda com a magreza, muitas mulheres já têm como mensagem principal: "Não sou boa o bastante. O que adianta?" usarão seu corpo como o alvo do seu próprio ódio. Num nível qualquer estão dizendo: "Se eu fosse bem magra, eles me amariam". Isso, porém, não funciona, não leva a nada. Nada funciona de fora para dentro. As chaves do equilíbrio são a auto-aprovação e a autoaceitação.

A artrite é uma doença que tem origem num constante padrão de crítica, sobretudo de si mesmo, depois dos outros. Pessoas artríticas em geral atraem muitas críticas porque seu modelo mental é criticar. Elas sofrem a praga do "perfeccionismo", a necessidade de serem perfeitas o tempo todo em todas as situações.

Você conhece alguém neste planeta que é "perfeito"? Eu não. Por que estabelecemos modelos que dizem que temos de ser "super-pessoas" para sermos meramente aceitáveis? Isso não passa de uma expressão muito forte do "não ser bom o bastante" e um pesado fardo para carregar.

Eu chamo a ASMA de "amor sufocante". Existe a sensação de que a pessoa não tem o direito de respirar por si. Crianças asmáticas com freqüência têm "percepção super-desenvolvida" e assumem a culpa por tudo o que parece errado no seu ambiente. Sentem-se culpadas, portanto "indignas" e merecedoras de punição. Por esse motivo, às vezes a asma é curada com uma mudança de lugar, especialmente quando a família não vai junto. Em geral, com o crescimento, as crianças deixam de ter asma. Isso acontece na verdade porque elas acabam se afastando da família por causa dos estudos, casamento ou independência financeira, e a doença se dissolve. Com freqüência, mais tarde na vida, quando uma experiência qualquer como que aperta um botão dentro delas, têm um novo ataque. Quando isso acontece, essas pessoas não estão na verdade reagindo à situação atual, mas ao que costumava acontecer em sua infância.

Queimaduras e bolhas, cortes, febres, chagas, inflamações e "ites" de todos os tipos são todos indicadores de raiva se expressando no corpo. A raiva sempre acha um meio de se expressar, não importa o quanto tentemos reprimi-la. Tememos nossa raiva por medo de destruirmos nosso mundo, no entanto ela pode ser liberada pela simples afirmação: "Estou com raiva disto". É como acontece com uma caldeira, que deixa sair o excesso de vapor para não explodir. Claro, nem sempre podemos dizer isso para os que nos cercam, como o nosso patrão, por exemplo. No entanto, podemos socar a cama ou almofadas, gritar num carro ou quarto fechado, ou jogar tênis. São meios inofensivos de liberar fisicamente a raiva.

Pessoas espiritualizadas com freqüência acreditam que "não devem" ficar com raiva. Claro, todos procuramos evoluir para um ponto em que não culparemos mais os outros pelos nossos sentimentos. Porém, até chegarmos lá é mais saudável reconhecermos o que realmente sentimos no momento.

O câncer é uma doença causada por um ressentimento profundo abrigado por tanto tempo que ele literalmente começa a comer o corpo. Algo aconteceu na infância que destruiu o sentido de confiança da pessoa. Essa experiência jamais é esquecida e o indivíduo vive com autopiedade, encontrando dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos duradouros e significativos. Por causa desse sistema de crenças, a vida parece ser uma série de decepções. Uma sensação de impotência, desesperança e perda permeia o pensamento e torna-se fácil culpar os outros por todos os problemas. As pessoas que têm câncer também são muito críticas em relação a si mesmas. Para mim, a base da cura do câncer é aprender a amar e aceitar o eu.

O excesso de peso representa a necessidade de proteção. Procuramos proteção contra mágoas, desdém, crítica, maus-tratos, sexualidade e avanços sexuais, procuramos proteção por termos medo da vida tanto em geral como num aspecto específico. Eu não tenho tendência para a gordura, no entanto aprendi ao longo dos anos que quando estou me sentindo insegura e pouco à vontade engordo alguns quilos. Quando a "ameaça" desaparece, o excesso de peso vai embora por si.

Lutar contra a gordura é perda de tempo e energia. Dietas não funcionam, pois no instante em que se para, o peso sobe de novo. O melhor regime que conheço é amar-se e aprovar-se, confiando no processo da vida e sentindo-se seguro por conhecer o poder da própria mente. Entre numa dieta que corta todos os pensamentos negativos e seu peso cuidará de si mesmo.

Há um número exagerado de pais que enfiam comida na boca de um bebê sempre que ele chora, sem saberem qual é o verdadeiro problema que está causando o desconforto. Essas crianças são aquelas que ao crescerem ficarão na porta da geladeira, dizendo: "Quero comer alguma coisa, mas não sei o que é", sempre que se defrontarem com um problema.

A DOR de qualquer tipo é, para mim, indicação de culpa. A culpa sempre procura o castigo e o castigo cria a dor. Dores crônicas têm origem em culpas crônicas, às vezes tão profundamente sepultadas que nem temos mais consciência delas. A culpa é uma emoção completamente inútil. Nunca faz ninguém se sentir bem nem muda uma situação. Sua "sentença" agora terminou, portanto deixe-se sair da prisão. Perdoar é tão somente abandonar, soltar, deixar ir.

Derrames são causados por coágulos sanguíneos que impedem a circulação adequada do sangue no cérebro. O cérebro é o computa dor do corpo. O sangue é alegria. As veias e artérias são os canais por onde passa a alegria. Tudo funciona sob a lei e ação do amor. Existe amor em cada pedacinho de inteligência no Universo. E impossível algo funcionar bem sem que haja amor e alegria. O pensamento negativo entope o cérebro, não deixando lugar para que o amor e alegria fluam livremente. A vida só é sombria se a tornamos assim, se escolhemos encará-la dessa maneira.

Podemos encontrar um desastre total no menor dos distúrbios e um pouco de alegria na maior das tragédias. Só depende de nós.



holisticocromocaio.blogspot.com.br

Texto extraído do livro: 
Você Pode Curar Sua Vida - Louise L. Hay

quinta-feira, 25 de abril de 2013

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Um anjo



Quem não acredita em anjo da guarda? eu acredito, e mando este lindo anjinho para cuidar de todos vocês!

Tendências para o inverno 2013

1° - Couro

- Inverno já tem carinha de couro né??? E em 2013 ele continuará, firme e forte, fazendo a alegria de quem é fã desse material.


2° - Metalizado

- Se no ano passado você comprou alguma pecinha bem metalizada e cheguei pode continuar usando a bendita pois o metalizado continua em alta!!



3° - Monocromático

- Esse é fácil né? Só usar um look inteirinho da mesma cor. Além de fácil é prático. 


4° - Vestidinhos

- O inverno aqui no Brasil não é tão rigoroso o que nos permite usar vestidinhos, só investir em cores mais invernais que você estará totalmente modalística. 

5° - Saias 

- Se antes era difícil encontrar saias nas vitrines pode bater três palminhas, dar 5 pulinhos e 7 voltinhas. Além do inverno 2013 investir em saias, elas serão abaixo do joelho. Muito irmã nééééé???? Chiquéeeerrimas.



sexta-feira, 19 de abril de 2013

Telepatia


Telepatia: Papo cabeça

A ciência não está convencida de que as pessoas sejam capazes de transmitir seus pensamentos ou de se comunicar a distância e extra-sensorialmente. Mas histórias intrigantes é que não faltam

por Marlene Jaggi

Quantas vezes você pensou em alguém e, no momento seguinte, atendeu um telefonema dessa pessoa? Ou recebeu a visita de um familiar querido e distante, depois de desejar notícias dele? Com a mineira Iraci de Jesus, fenômenos desse tipo não são novidade. Há algum tempo, ela atendeu a porta e deu de cara com o irmão que, numa passagem relâmpago por São Paulo, resolveu deixar-lhe um cheque. Algumas horas antes, preocupada em fazer um pagamento, Iraci tinha pensado nele como única alternativa para conseguir o dinheiro. Desejara demais dizer isso a ele, mas não se sentira à vontade para fazer o pedido. A terapeuta corporal Sandra Fainbaum também tem uma coleção de casos semelhantes. Um deles: anos atrás, não resistiu à sensação de estar sendo chamada pelo marido. Preocupada, saiu de casa e começou a andar pela calçada, atenta aos carros que passavam. Já estava na terceira quadra quando avistou o carro dele, parando no meio da rua. Sandra percebeu que o marido desmaiara sobre o volante e conseguiu socorrê-lo rapidamente.
Relatos desse tipo são impressionantes, mas não provam nada. Não há como descartar a possibilidade de que tudo não passe de coincidência. Afinal, para cada história arrepiante como essas, quantas não devem haver de pessoas que tiveram um pressentimento e aquilo não deu em nada? O único jeito de comprovar a existência da telepatia seria ter resultados estatisticamente significantes de que esses fenômenos acontecem com mais freqüência do que seria normal um fato qualquer acontecer. E esses resultados ainda não existem – pelo menos não com a clareza suficiente para afastar dúvidas.
Telepatia é o termo usado para se referir à aquisição de informações por outros meios que não os sentidos físicos conhecidos. A resistência em procurar entender tais acontecimentos ou acreditar neles é grande, mas fácil de ser compreendida. “Entrar em contato com os pensamentos, sentimentos e idéias de outras pessoas de maneira aparentemente direta, mente–mente, sem necessidade que tais informações passem pelos sentidos, é considerado algo fora do normal, por se tratar de um tipo de interação diferente da forma prevista pela ciência”, diz Wellington Zangari, coordenador do Inter Psi (Grupo de Estudos de Semiótica, Interconectividade e Consciência), da PUC de São Paulo.
E, como tudo o que é fora do normal caminha lado a lado com o ceticismo, parece não ter mesmo jeito: “Se você acredita, poderá ser associado ao charlatanismo, misticismo, ou ser visto como alguém facilmente influenciável. Se não, será suspeito de cientificismo ateu, de não possuir nenhuma abertura, nenhuma curiosidade científica”, diz Jean Claude Obry, pesquisador e filósofo francês que mora no Brasil há cerca de 20 anos. Ele é presidente da beOne Internacional Associação (BIA), que promove a qualidade de vida por meio da experimentação das sensações (os cinco sentidos). Segundo Obry, se os assuntos considerados fora da normalidade pudessem se encaixar na realidade cotidiana, eles não pareceriam tão assustadores. “Para permitir que o fora do normal se transfira para dentro dessa realidade, é preciso aceitar e mudar conceitos, regras e crenças que gerenciam o dia-a-dia. Se não fizermos essa mudança, nada será feito além de um debate agradável, mas estéril”, diz Obry.
Pode-se entender por telepatia várias formas de comunicação, da linguagem não-verbal, não-simbólica, não-escrita e não-fonética dos animais à realizada com o telefone celular. Ou alguém duvida que essa comunicação a distância, sem fio, não seria considerada algo fora do normal pelos nossos ancestrais? “Os jovens de hoje não estranham a tecnologia com a qual convivem desde pequenos, mas continuam fascinados pelos mistérios de histórias fora do normal de um Harry Potter, porque, para ele telefonar para alguém com segurança, nem precisa de um celular, basta a sua operadora celeste”, lembra Obry.



Ondas mentais
De acordo com Zangari, do Inter Psi, apesar de não haver consenso sobre a melhor teoria para explicar a telepatia, a parapsicologia vem apresentado interpretações interessantes. “Nas primeiras décadas de estudo, procurou-se compreender a telepatia como um fenômeno eletromagnético, que funcionaria da mesma forma que os aparelhos de rádio e televisão. Supunha-se que, entre o receptor e o emissor, haveria ‘ondas mentais’, que transportariam informações do conteúdo cerebral entre eles. No entanto, as teorias baseadas nesse modelo caíram por terra porque, aparentemente, a telepatia não é limitada pela distância nem pelas barreiras físicas, como o são as ondas eletromagnéticas conhecidas.” Conforme Zangari, outras teorias vieram à tona mais tarde, visando reconhecer mais o “porquê” do que “como” ocorre o fenômeno.
As pesquisas sobre a possibilidade da existência da telepatia se tornaram sistemáticas a partir da década de 30, com a criação do Instituto de Parapsicologia na Universidde Duke, nos Estados Unidos, dirigido pelo Joseph Banks Rhine. “Rhine e sua equipe realizaram provas experimentais para verificar se, de fato, a telepatia, entre outros fenômenos anômalos, ocorria”, conta Zangari. Com um baralho especialmente criado para essa finalidade – o Baralho ESP (de extrasensory perception) ou Baralho Zener (assim chamado por causa de Carl Zener, especialista em percepção humana que o projetou), constituído de 25 cartas, igualmente divididas em círculos, cruzes, ondas, quadrados e estrelas –, ele avaliou estatisticamente a ocorrência. “Ao longo de quase cinco décadas, Rhine e seus colaboradores obtiveram resultados significativos a favor da hipótese da telepatia”, afirma Zangari.
Depois disso, pesquisadores do mundo inteiro fizeram outros estudos e muitos chegaram a resultados similares, mesmo com técnicas diferentes das usadas no laboratório de parapsicologia da Universidade Duke. Acontece que os céticos descartam essas pesquisas, que eles consideram suspeitas. Um dos modelos atualmente em construção é o desenvolvido pelo psicólogo americano Rex Stanford, o Modelo de Resposta Instrumental Mediada por Psi, conhecido pela sigla em inglês, PMIR. Propõe, em linhas gerais, que o ser humano utiliza não apenas os sentidos conhecidos (tato, visão…) para estabelecer contato com o meio, mas também processos não-sensoriais, ou extra-sensoriais, para reconhecer tanto os perigos quanto as fontes de satisfação de necessidades básicas. “O modelo de Stanford é importante para a ciência, porque permite a avaliação empírica de seus postulados, além de integrar tanto perspectivas da biologia quanto da psicologia”, diz Zangari.
Até agora, a técnica mais sofisticada criada para estudar cientificamente a hipótese da telepatia se chama Ganzfeld (palavra em alemão que significa “campo completo” ou “campo homogêneo”). O experimento utiliza um emissor e um receptor. O primeiro vê uma imagem ou videoclipe, escolhido aleatoriamente por um computador, e tenta “transmiti-lo” mentalmente a um receptor, que está afastado sensorialmente do emissor. O receptor fica numa sala acústica e eletromagneticamente isolada e tem sobre os olhos uma espécie de óculos, sobre os quais uma luz colorida fornece um campo sensorial homogêneo. Seus ouvidos são bombardeados por um sinal sonoro constante, como o de um rádio fora da estação. Procura-se, assim, criar uma situação em que a pessoa possa reconhecer mais facilmente suas imagens mentais, suas sensações, seus sentimentos, uma vez que está praticamente isolada dos estímulos externos e mais atenta aos estímulos internos.
Segundo Zangari, os resultados mais sólidos obtidos pelas pesquisas Ganzfeld se relacionam à existência de correlações entre algumas variáveis. Resumidamente, os resultados são melhores quando: 1) emissor e receptor são pessoas afetivamente próximas, como amigos, pais e filhos ou marido e mulher; 2) o receptor tem personalidade extrovertida; 3) antes de participar do experimento, o receptor teve um histórico de experiências anômalas espontâneas; 4) o receptor já realiza algum tipo de atividade de “treinamento mental”, como meditação ou relaxamento; 5) o receptor acredita em fenômenos como a percepção extra-sensorial; e 6) o campo geomagnético está menos ativo.
Segundo Zangari, há muito o que esclarecer ainda sobre os experimentos Ganzfeld. “Apesar de reconhecermos algumas variáveis que parecem interferir no fenômeno, não conhecemos todas, o que ainda não nos permite controlar o fenômeno de modo a realizá-lo de acordo com nossa vontade”, diz.
Um tanto quanto cética com relação ao seu desempenho num experimento desse tipo, a professora Fátima Regina Cardoso, que dirige com Zangari o Inter Psi, decidiu participar de uma sessão de Ganzfeld durante um curso promovido pelo Centro de Pesquisa Rhine, em Durham, nos Estados Unidos, em 1993. O resultado, diz ela, foi “muito bom e surpreendente”. Fátima ficou na posição de receptora da mensagem, enquanto um colega brasileiro foi o emissor. Durante o período de mentalização, entre outras imagens, ela visualizou um castelo medieval, em especial as masmorras. Teve sensações desagradáveis, como se estivesse vendo pessoas sofrendo. Ao final do experimento, acertou o alvo transmitido pelo colega. O clipe que serviu como alvo mostrava sombras de pessoas vestidas com roupas medievais, um homem com capa e espada e um chicote na mão, ameaçando outros que trabalhavam com martelos e outras ferramentas, com um fundo em cores bem quentes. Apesar de a imagem do alvo ter sido diferente da mentalizada por Fátima, ela não teve dúvida de que aquele seria o alvo, pois a sensação transmitida pelo clipe era muito próxima daquela sentida durante a mentalização.
As pesquisas Ganzfeld foram iniciadas na década de 1970 e, até o momento, segundo alguns, tiveram êxito em demonstrar, pelo menos, a possibilidade de existência da telepatia. No entanto, como não poderia deixar de ser, crentes e céticos divergem a respeito da consistência desses resultados. “Minha opinião é que mais pesquisas são necessárias para acabar com a polêmica em torno da existência da telepatia, mas os resultados acumulados por meio de estudos experimentais são favoráveis à hipótese de existência de um processo anômalo de interação entre os seres humanos”, diz Zangari.

Troca de energia

Para a escritora Halu Gamashi, a comunicação telepática envolve também os órgãos dos sentidos
A escritora baiana Halu Gamashi, que se dedica à filosofia e à ciência dos ancestrais, acredita que existam muitas formas de comunicação telepática, envolvendo inclusive os órgãos dos sentidos. Para ela, a telepatia se constitui entre duas pessoas extra-sensorialmente sensíveis que aprendem a identificar uma informação por meio de um trejeito facial, um movimento dos olhos, um gesto. “Eu sei o que você está pensando”, dizem-se mutuamente. No entanto, por ser um acontecimento comum, as pessoas nem se dão conta de que houve uma comunicação telepática.
Certa vez, ao dar uma palestra em São Paulo, Halu notou um dos convidados, um suíço que não falava português e estava com uma pessoa que não falava alemão. Ao final da palestra, Halu propôs um momento para perguntas e respostas, e esse suíço e sua acompanhante não encontravam no dicionário a tradução para formular a pergunta. “A angústia dele em me perguntar mobilizou a minha sensibilidade. Senti uma espécie de dilatação na minha mente e vi-me dizendo para a moça: peça a ele que olhe para os meus olhos e faça a pergunta mentalmente, eu vou responder da mesma forma. Vi-me tocando as suas mãos. Nos olhamos profundamente e conversamos por meio da mão e da mente, por aproximadamente cinco minutos”, conta Halu. “No dia seguinte, voltamos a nos encontrar e, dessa vez, ele estava com uma pessoa que falava português e alemão. Rimos muito. Para ele, foi uma experiência nova. Nos emocionamos bastante.”

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Todas as mulheres são bonitas!


MULHERES, VOCÊS SÃO BELAS!

por  em 16 de abr de 2013 às 20:24 | 1 comentário
A Dove lançou uma nova campanha que pretende mostrar como a visão que temos sobre o nosso próprio corpo é, muitas vezes, mais negativa do que aquilo que é percecionada pelos olhos de terceiros. Em 3 minutos fica a prova que temos de ser menos exigentes.


victorias-secret-and-dove-models.jpg
A proposta era simples: antes da ação propriamente dita, cada voluntária conhecia outra participante. De seguida a mulher era convidada e entrar num espaço amplo, a sentar-se numa poltrona e a descrever o seu próprio rosto a um artista, que assim ia desenhando a face da narradora sem a conseguir visualizar. Posteriormente entrava outra pessoa no estúdio - a que a voluntária tinha conhecido antes de se descrever a si própria - e explicava ao artista como era o rosto da pessoa com quem tinha trocado algumas palavras. No final, haviam dois desenhos: primeiro - o descrito pela própria pessoa; segundo - o descrito por um desconhecido. Os resultados, pois claro, foram diferentes.


"Women are their own worst beauty critics,"
 escreve a Dove. "Only 4% of women around the world consider themselves beautiful ... we decided to conduct a compelling social experiment that explores how women view their own beauty in contrast to what others see."
"Em 3 minutos fica a prova que temos de ser menos exigentes com nós próprios",escrevi eu. Mas estará certo? O vídeo, publicado no passado dia 14 deste mês, conta já com mais de 800 mil visualizações no youtube e está a espalhar-se um pouco por todo lado.
o-DOVE-REAL-BEAUTY-570.jpg
Algumas questões, levantadas certamente por muitas outras pessoas, mas que não poderia deixar passar: objetivo da Dove? Porquê mulheres e não homens? Apenas 4% das mulheres se consideram belas, afirma a empresa...? Era mesmo preciso aquela música de fundo? E outras perguntas se poderiam levantar, relativamente à empresa, à campanha, ao próprio artista, às pessoas "estudadas", etc.
Não digo que não nos devamos valorizar mais, ou que as mulheres (e homens) não são mais belas do que pensam. Pelo contrário. O que digo é que uma empresa de produtos de higiene pessoal e beleza a publicitar isso é de desconfiar.
E, para provar que não sou (inteiramente) contra campanhas motivacionais, aqui fica algo que me faz sentir melhor, mesmo não sendo mulher:


Artigo da autoria de Rui Caeiro.
Sonha (atenção ao clichê!) ser dono de um corpo escultural dando apenas ao dente. De resto, procura histórias/estórias. Quem as possuir pode entrar em contacto. Quem não possuir também pode, mas tem de enviar qualquer coisa que se trinque.