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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Fábula Chinesa

Fábula chinesa da xícara cheia



                                                     

Diz a fábula que o mestre e seu discípulo estavam caminhando. O mestre aproveitava a oportunidade e tentava passar alguns ensinamentos ao discípulo. Numa determinada etapa da conversa o discípulo estava encontrando dificuldades em assimilar o que o mestre estava tentando lhe passar. Então o mestre sugeriu que eles voltassem ao templo, pois ele queria tomar chá. Cheg
ando ao templo o mestre solicitou ao discípulo que preparasse um bule de chá. O discípulo, prestativo, foi preparar o chá. Voltou com o chá pronto, no bule, e as xícaras. Imediatamente serviu o mestre... Para surpresa do discípulo, quando este estava para encher a sua própria xícara, o mestre solicitou que ele voltasse e colocasse mais chá na xícara do mestre. Ao que o discípulo arguiu: - "Mas a sua xícara já está cheia!" O mestre, impávido, confirma: - "Por favor, coloque mais chá em minha xícara!" Nova argumentação do discípulo, nova confirmação do mestre. O chá começa a transbordar para a bandeja, e o discípulo para... O mestre insiste em sua solicitação: Que quer que ele continue a colocar chá em sua xícara. O chá escorre pela bandeja e, desta, ao chão. O bule fica vazio. O mestre, então, indaga o discípulo: - "O que você aprendeu com isto?" O discípulo diz que nada, pois ele já sabia que o chá iria escorrer para a bandeja e para o chão. O mestre retruca: - "O ensinamento que isto nos traz é que para caber mais chá na xícara, a xícara precisa estar um pouco vazia. Em xícara cheia não cabe mais chá." E continuou: - "Assim também somos nós!" E complementou: - "Assim é a nossa cabeça. Quando achamos que sabemos tudo, quando temos muitas certezas, quando a nossa cabeça está totalmente cheia de verdades, então a nossa cabeça não tem espaço para mais nada, novos ensinamentos e percepções não conseguem chegar." Concluindo: - "É necessário ter permanentemente a nossa cabeça um pouco vazia para poder apreender as mudanças da realidade que nos cerca, sob o risco de nos divorciarmos da realidade." O discípulo começou a entender. O mestre seguiu: - "As nossas certezas vêm do que vivemos no passado. Mas o passado já passou, e o que acontece hoje não pode ser interpretado à luz do passado. Isso seria o mesmo que caminhar em uma noite escura, para frente, em um caminho desconhecido, com uma vela acesa às nossas costas, iluminado o caminho já percorrido. E finalizou: - "Relaxe e deixe sempre sua cabeça um pouco vazia para apreender o que o mundo lhe oferta de novidades e oportunidades."

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